Especialistas pedem que lixo nuclear não seja enterrado no fundo do oceano pelo Reino Unido

Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Acsa Gomes 01/08/2022 19h00, atualizada em 03/08/2022 14h16
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O Reino Unido está em busca de um local para despejar lixo e resíduos da usina nuclear em Cumbria, no norte da Inglaterra, e um dos locais considerados pelo governo para realizar o descarte é no fundo do oceano.

Entretanto, especialistas afirmam que enterrar esse tipo de material tóxico pode devastar a vida marinha em um curto prazo, além de provocar uma catástrofe ambiental ainda mais séria para gerações futuras, segundo o The Guardian publicou.

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Essa situação ganhou notoriedade porque as autoridades britânicas realizariam no último sábado (30) testes sísmicos -explosões no fundo do oceano com armas de fogo de alta potência – para determinar se uma região em alto mar é suficientemente segura para o descarte.

Entretanto, ativistas e especialistas se manifestaram e alegaram que esse tipo de teste prejudica a vida marinha, pois perturba o acasalamento de mamíferos, como os golfinhos e as baleias, que são animais com padrões comunicativos específicos.

Em 2012, o Peru realizou uma rodada de testes sísmicos que resultou na morte de aproximadamente 800 golfinhos. Além da vida marinha, os cientistas alertam que o comportamento dos resíduos nucleares não é tão previsível, portanto, não se sabe o que acontecerá a longo prazo.

O que fazer com lixo nuclear?

Diante da repercussão dentro da comunidade científica, a Grã-Bretanha afirmou à imprensa que busca uma “solução permanente”, que mantenha esse tipo de resíduo radioativo seguro ao longo dos anos.

O país detém a maior reserva de lixo tóxico não tratado do mundo. Dentre os 750 mil metros cúbicos de resíduo, 110 toneladas são de plutônio, elemento que pode trazer consequências nocivas à saúde caso seja ingerido ou inalado.

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Acsa Gomes
Redator(a)

Acsa Gomes é formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela FAPCOM. Chegou ao Olhar Digital em 2020, como estagiária. Atualmente, faz parte do setor de Mídias Sociais.