A China lançou, no dia 29 de julho, três novos satélites de reconhecimento na órbita terrestre. Os dispositivos fazem parte da série Yaogan e partiram em um foguete Long March 2D que saiu do Xichang Satellite Launch Center, na província de Sichuan.
O novo trio se junta a outros satélites Yaogan 35 lançados em novembro de 2021 e junho deste ano. Todos os dez estão agora orbitando a cerca de 500 km acima da Terra, com uma inclinação de 35 graus a fim de garantir que passem regularmente sobre áreas de interesse.
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Dois dos três satélites lançados no final de julho foram desenvolvidos pela empresa Aerospace Dongfanghong Satellite, enquanto o terceiro foi fornecido pela Academia de Voo Espacial de Xangai (SAST), ambos operando sob o CASC.
Espionagem espacial?
Pouco se sabe a respeito da maioria dos satélites Yaogan (chinês para ‘detecção remota’), e as descrições de seus usos são tipicamente vagas. A Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China (CASC), que desenvolveu o foguete e a espaçonave para a missão, afirma que os dispositivos serão usados para experimentos científicos espaciais, monitoramento do uso da terra e dos recursos naturais, assim como para outros propósitos científicos.
No entanto, em seu anuário sobre atividades espaciais, o European Space Policy Institute (ESPI) alerta para o fato de que muitos analistas enxergam usos não apenas civis, mas militares nos satélites Yaogan, o que inclui o risco de espionagem.
Até o momento, o programa espacial chinês lançou 27 missões orbitais em 2022 e planeja ultrapassar 50 lançamentos até o fim do ano. Os Estados Unidos são o único país que realizou mais operações do tipo este ano.
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