Pesquisadores criam embriões sintéticos sem espermatozoides e óvulos

Por Isabela Valukas Gusmão, editado por André Lucena 05/08/2022 16h57, atualizada em 05/08/2022 18h45
embriões sintéticos
Imagem: Divulgação
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O geneticista molecular do Instituto de Ciência de Wizemnann de Israel, Joseph Hanna, cultivou o primeiro embrião sintético de camundongo em laboratório, sem a presença de estruturas como óvulos e útero, do mundo. A tecnologia ainda está longe de poder criar, por exemplo, órgãos humanos, mas abre uma perspectiva importante na área.

De acordo com o estudo, o embrião foi capaz de desenvolver todas as partes de um corpo primitivo e os tecidos necessários para manter uma gravidez. Esse estudo permitirá que os cientistas compreendam como são os primeiros estágios da gravidez humana.

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Implicações da pesquisa com embriões sintéticos

O estágio embrionário é uma etapa crucial na gestação em seres humanos, pois é nesse período que ocorrem muitas interrupções não intencionais na gravidez. Os cientista ainda não sabem o motivo disso acontecer, esse tipo de pesquisa vai ajudar a entender melhor o que pode dar errado e quais medidas tomar.

Entretanto, o embrião cultivado sobreviveu somente oito dos 20 dias do ciclo embrionário do camundongo. Ainda longe do objetivo da startup Renewal Bio, que pretende desenvolver células-tronco humanas sintéticas para resolver situações adversas na saúde humana. A startup planeja criar versões embrionárias de seres humanos e coletar tecidos para transplantes.

Controvérsias

Há muitas controvérsias sobre o investimento nesse tipo de pesquisa com embriões. Muitos cientistas discordam do enfoque escolhido pela Renewal Bio. De acordo com uma declaração concedida ao MIT Technology Review, o cientista de células-tronco do Instituto de Biotecnologia Molecular de Viena, não se trata de uma opção absolutamente necessária, então, ele não vê motivos para dispender esforços.

Ainda que muito cientistas acreditem que ainda é cedo para falar sobre esse tipo de desenvolvimento de pesquisa, não deixa de ser um avanço na área.

Via: The Byte

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

André Lucena
Ex-editor(a)

Pai de três filhos, André Lucena é o Editor-Chefe do Olhar Digital. Formado em Jornalismo e Pós-Graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte, ele adora jogar futebol nas horas vagas.