Qual o segredo da longevidade? A ciência ainda não tem uma resposta exata para isso, mas o que já se sabe é que ter uma boa combinação de genes não garante uma vida longa. Essa conclusão foi exposta pela geneticista Mayana Zatz, que coordena o Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco da Universidade de São Paulo (USP) e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Envelhecimento e Doenças Genéticas.

Em entrevista ao jornal O Globo, a especialista falou sobre a miscigenação do DNA e sobre fatores que causam o envelhecimento. O processo envolve não apenas combinações de genes, mas também o ambiente, alimentação, atividade física, estresse e claro, acesso a tratamentos de saúde.

“O envelhecimento é resultado de uma série de fatores e começa nas células. À medida que elas se dividem, o material genético, o DNA, pode sofrer quebras. O jovem tem bons mecanismos de reparo. O idoso, não. Um dos genes encontrados em centenários está ligado justamente ao reparo do DNA”, explica Zatz.

Genes e o envelhecimento

A ciência procura na genética justamente a combinação de genes que traga uma maior longevidade para os humanos. Isso é fundamental para entender o processo de envelhecimento. O importante até aqui é descobrir os fatores que influenciam nisso.

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“Genes incríveis sozinhos não lhe farão viver mais, se comer mal. Precisamos ter políticas públicas para possibilitar o acesso a alimentos não industrializados e de qualidade”, completou Zatz.

A especialista ainda cita que nações com os maiores índices de longevidade costumam ter menos estresse. Investigamos os genes, mas certamente há fatores ambientais. “A alimentação saudável é um deles. A máxima dos dez mil passos por dia (indicador de atividade básica), outro. Essas populações de grande longevidade também são notadamente rurais, com menor nível de estresse”, finalizou.

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