A sensação que muitos devem ter é que estamos vivendo as famosas “pragas do Egito” com tanta doença vindo à tona, acertei? Além de ainda estarmos enfrentando a pandemia da Covid-19, temos agora o surto de varíola dos macacos e, em alguns lugares, como no Reino Unido e nos EUA, a volta do vírus da poliomielite – todas elas já conhecidas entre os seres humanos.
No entanto, sinto dizer que, aparentemente, as coisas podem não melhorar. Pelo contrário, tendem a piorar. De acordo com um estudo publicado na Nature Climate Change, mais de 200 doenças humanas podem se agravar e aumentar sua incidência devido às mudanças climáticas do planeta.
Conforme divulgado pelo The Verge, pesquisadores sabem há muito tempo da influência do clima na proliferação de doenças. Temperaturas mais quentes podem, por exemplo, tornar as regiões novamente hospitaleiras para mosquitos transmissores de doenças, ou, inundações de tempestades mais frequentes podem transportar bactérias em suas ondas de água.
O artigo analisou 375 doenças infecciosas humanas documentadas e observou com quais as mudanças climáticas podem interagir. Os resultados apontaram que, dentre elas, 218 infecções (mais da metade) podem ser agravadas por reações como ondas de calor, aumento do nível do mar e incêndios florestais.
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A pesquisa ainda desvendou quatro caminhos principais pelos quais as mudanças climáticas afetam as doenças:
O estudo faz um alerta (entre tantos) a respeito das visíveis mudanças no clima que estamos vivendo, o que pode ser usado em discussões de políticas públicas e debates em prol do meio ambiente.
Para quem quiser saber mais detalhes, em um trabalho impecável e minucioso a equipe de pesquisadores também criou um gráfico interativo mostrando uma mudança climática específica e suas reações na saúde. Confira aqui o trabalho.
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Esta post foi modificado pela última vez em 9 de agosto de 2022 10:51