Usuários do Twitter estão fascinados com vídeos de um novo dispositivo russo: um cão-robô com um lança-foguetes acoplado nas costas. A engenhoca foi apresentada nesta segunda-feira (15) em uma feira militar na Rússia.

O modelo, batizado de M-81, é obra da empresa Machine Intellect, que afirma que o cão-robô foi projetado para realizar missões militares e civis. Ele carrega um lança-foguetes RPG-26, capaz de interceptar e derrubar mísseis. Além disso, realiza tarefas como patrulhas, identificação de alvos e transporte de armas e munições.

Dentre as atribuições civis do cão-robô, está a ajuda em situações de emergência por meio do reconhecimento de vítimas, entrega de medicamentos e busca de caminhos entre escombros.

Segundo a Machine Intellect, o dispositivo custará cerca de R$ 81 milhões e poderá ser lançado em breve na Rússia. O robô é claramente inspirado no Spot, da Boston Dinamics, que inclusive foi envolvido em polêmicas ao ser filmado com uma metralhadora.

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Cão-robô é fabricado na China

Durante a feira militar, o cão-robô foi apresentado com um traje ninja cobrindo a sua estrutura. Isso não foi à toa, já que, como foi descoberto rapidamente, tratava-se não de uma tecnologia exclusivamente russa, mas de uma adaptação de um equipamento fabricado pela empresa chinesa Unitree. A única adição é o próprio lança-foguetes acoplado ao dispositivo.

A Machine Intellect admitiu utilizar o cão-robô chinês, mas alegou que esse uso se restringe ao protótipo e que, posteriormente, todos os equipamentos serão de fabricação russa.

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Escalada armamentista

Em um discurso na abertura do evento, o presidente russo Vladimir Putin declarou que o país possui um arsenal mais avançado que os de seus competidores no cenário global. Ele também afirmou estar fornecendo armas e equipamentos militares de ponta a seus aliados na África, Ásia e América Latina.

“Me refiro a armas e robôs de alta precisão, a sistemas de combate baseados em novos princípios físicos”, disse Putin. “Muitos deles estão anos, talvez até décadas, à frente dos equipamentos estrangeiros, e são consideravelmente superiores em termos táticos e em características técnicas”.

Esse discurso vem na esteira da revelação de que a Rússia está a passos de produzir um novo laser espacial. O chamado ‘sistema Kalina’ poderia servir para destruir satélites de outras nações, o que ajudaria a assegurar os planos militares russos contra tentativas de espionagem.

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