Tempestades solares interferem diretamente no funcionamento de satélites e, com o recente aumento da atividade solar, muitos objetos na órbita terrestre estão em risco. Dessa vez, o satélite Galaxy 15 está fora de controle, segundo o último relatório divulgado pela Intelsat.

De acordo com a empresa, especialistas tentam recuperar o controle do satélite desde a última sexta-feira (19), quando a comunicação foi interrompida em decorrência de uma tempestade solar. O Galaxy 15 é um satélite de comunicação geoestacionário lançado em 2005 e operado inicialmente pela PanAmSat antes de as operações serem transferidas para a Intelsat.

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“O satélite está operando nominalmente, mantendo a Terra apontando com todas as operações de carga útil nominal”, disse a porta-voz da Intelsat, Melissa Longo. Os clientes que operam com o satélite estão sendo transferidos para outros módulos em órbita “para garantir a continuidade do serviço”.

O Galaxy 15 carrega 24 transponders de banda C atendendo clientes de mídia na América do Norte. A Intelsat diz ainda que “continuará tentando recuperar o comando assim que eles saírem para que possamos eventualmente desorbitá-lo”.

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Essa não é a primeira vez que o Galaxy 15 “desaparece”. A empresa perdeu o controle dele por oito meses em 2010. Na época, o equipamento teve sua energia esgotada e precisou de um processo de reinicialização.

O satélite Galaxy 15 em um laboratório antes do lançamento. (Crédito da imagem: Orbital Sciences)


Como funciona uma tempestade solar?

A tempestade solar foi registrada no último dia 16 de agosto. Segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) ela foi classificada como G3. Segundo o órgão, “os impactos em nossa tecnologia de uma tempestade G3 são geralmente mínimos”. 

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Apesar da tempestade ser fraca, ela é resultado do atual ciclo solar, considerado bastante intenso por especialistas. Sempre que os pólos magnéticos do sol se invertem, começa um novo ciclo solar. Esse processo acontece aproximadamente a cada 11 anos é observado com atenção pelas agências espaciais já que pode determinar a durabilidade de tecnologias enviadas ao espaço e até mesmo a saúde dos astronautas.

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O ciclo atual começou em dezembro de 2019, e antes disso estávamos em um período de bastante calmaria, já que o ciclo anterior era considerado tranquilo, com baixa quantidade de vento solar expelido da estrela no centro do nosso sistema. No entanto, o ciclo atual é considerado mais intenso e desde de outubro do ano passado, o sol está expelindo mais vento e gerando manchas e erupções solares de forma mais frequente. 

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