Matéria escura pode interagir com ela mesma, diz estudo

Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Lucas Soares 24/08/2022 11h10
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Imagem: Ilustração em 3D de elementos azuis e laranjas. Créditos: visibleimpression/Shutterstock
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Uma pesquisa publicada na revista Reviews of modern Physics avalia a hipótese de que a matéria escura pode interagir com ela mesma. Essa suspeita ainda não foi comprovada já que investigar esse fenômeno é extremamente complicado, principalmente pelo fato de os astrônomos não conseguirem – ainda – fazer observações diretas desse tipo de matéria.

Caso as partículas realmente interajam entre si, será aberta uma série de pistas sutis e observacionais desta subclasse de matéria escura. As lentes gravitacionais fortes e fracas poderão oferecer pistas mais contundentes sobre essas suspeitas.

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Através das lentes fortes, que provocam uma distorção significativa na luz que passa pelos objetos, as futuras observações detalhadas das galáxias podem revelar uma dobra no disco que só a matéria escura auto interativa pode explicar. Observações detalhadas (como as recentemente fornecidas pelo Telescópio Espacial James Webb) da distribuição de massa dentro de aglomerados de galáxias podem fornecer uma pista para a existência desse material que influencia a dinâmica das galáxias e do Universo.

Já as lentes gravitacionais fracas, embora produzam um efeito muito menor, conseguem obter mais dados para utilizar. O lançamento do telescópio espacial Nancy Grace Roman, que fornecerá mapas detalhados de lentes fracas do universo próximo, poderá indicar se realmente o fenômeno de auto interação está de fato acontecendo.

Matéria escura

A responsável pela primeira grande evidência de matéria escura no Universo foi a astrônoma Vera Rubin, em 1970, enquanto observava estrelas dentro das galáxias. Graças às suas observações, foi possível encontrar o Cluster de Balas e outros aglomerados estelares, que permitem aos astrônomos colocar limites sobre a força de interação desse fenômeno. Mais pesquisas sobre esse assunto levarão a limites ainda mais precisos e possivelmente até mesmo evidências positivas desta subclasse de matéria.

Via: Space.com

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.