Diante de tantas maravilhas, é fácil pensar que já inventamos de tudo, esquecendo que a inovação é infinita

O impacto das inovações na nossa vida por vezes nos dá a sensação de que teríamos atingido o ápice. Será que estamos, de verdade, vivendo o auge do movimento da inovação? Será que o nosso tempo está destinado a se tornar o marco histórico do desenvolvimento humano?

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Alguns estudiosos do tema afirmam que não. Defendem que inovações sempre houve. O que teria mudado foi um aumento na frequência e na intensidade delas. Outra corrente acredita que os níveis atuais de inovação em produtos, tecnologias e serviços nos parecem mais marcantes do que no passado porque os estamos vivendo na própria pele.

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Atribui-se a Aristóteles uma frase que confirmaria esta segunda tese. O filósofo grego teria dito cerca de 350 anos antes de Cristo que “agora que tudo de novo para o bem do homem foi inventado, só nos resta dedicarmo-nos ao espírito”. Imaginamos que ele, olhando à sua volta para um mundo fantástico onde existiam o vidro, os instrumentos de corda, etc., tenha tido a sensação de que os limites haviam sido alcançados.

Minha geração (nascida nos anos 1950 e 1960) utilizou a máquina de escrever e o telex, mas também é testemunha de que o homem está planejando a vida em Marte. Passamos pela criação da web e por muitas maravilhas que logo depois se tornaram relíquias, como o fax. É fácil para nós compreender a equivocada afirmação do grande filósofo. Em vários momentos da nossa trajetória, ao ver os saltos de produtividade que obtínhamos, sentimos exatamente o mesmo que ele. Mal imaginávamos o que estava por vir…

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Fãs de qualquer modalidade de esportes também sabem sobre o que estamos falando. No atletismo, por exemplo, no período que precede as olimpíadas, os competidores têm superado seus próprios recordes ano após ano. A inovação está presente nessas conquistas. Novos calçados com placas de carbono que funcionam como alavancas a energizar cada passada, pistas cobertas com elastômeros especiais e outras tecnologias

levaram comentaristas esportivos a chamar nosso tempo de “a era dos recordes”. “Estamos na era de ouro da velocidade, com quebra de recordes em todo o espectro – mais pessoas do que nunca fazendo tempos impensáveis”, relatava uma reportagem do jornal O Estado de São Paulo de agosto de 2022. Quem a escreveu talvez pense como Aristóteles.

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Na Fórmula 1, as competições parecem mais corridas pela inovação do que automobilismo. Os carros atingem desempenho cada vez maior com menos consumo de combustível, pneus, etc. Quem acompanhou no streaming a serie Drive to Survive assistiu a cada capítulo a verdadeiras aulas de como a inovação nos permite alcançar infinitamente mais.

Nos esportes, no mundo do trabalho ou em nossas vidas, o que conta é que devemos aproveitar ao máximo nossa capacidade de inovar para levarmos a qualidade de vida a novos patamares. Deixar fluir esse instinto natural que Deus concedeu a cada um de nós, seres humanos. Instintivamente vivemos, desde o nascimento, em busca permanente de mais produtividade, desenvolvimento e expansão de nossas habilidades. Independentemente de nosso nível de escolarização ou condição econômica. Como disse o genial Tom Zé em uma entrevista recente, “qualquer trabalho que ficar pronto já está certamente cheio de defeitos”. O mais fascinante na inovação é a sua infinitude.

Em meio a essa revolução da inovação vale refletir sobre três pontos essenciais e responder, mesmo que só na sua cabeça:

  • 1) Acredito firmemente na inovação como caminho para o progresso?
  • 2) Estou disposto a ocupar a posição de protagonista, e não de “passageiro”, dessa revolução?
  • 3) Sei que posso e estou determinado a influenciar positivamente pessoas à minha volta para que a inovação se expanda?

E então? Respondeu sim a essas três questões? Em caso positivo, acredita que podemos levar nosso mundo mais adiante? Ou teríamos, mesmo, atingido o máximo?

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