Com a chegada do Rock in Rio e a aclamada apresentação de Justin Bieber, o artista voltou a ser assunto nas redes sociais, ficando entre os assuntos mais comentados do Twitter. O motivo seria não apenas a presença do cantor no Brasil, mas seu discurso durante o show, que falou de amor e de Deus – uma reflexão sensível a respeito dos problemas de saúde que ele tem enfrentado. 

Para quem não sabe, Justin Bieber revelou em junho desse ano que foi diagnosticado com a síndrome de Ramsay Hunt, infecção do nervo facial e auditivo que provoca paralisia facial, problemas de audição, vertigens e aparecimento de manchas ou bolhas vermelhas na região da orelha. A doença é causada pelo vírus do herpes zóster, responsável também pela catapora

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Além disso, em 2020 o cantor também contou ter a Doença de Lyme, enfermidade causada por uma bactéria transmitida pela picada de carrapato e que pode afetar todos os sistemas do corpo humano – sendo considerada grave. Bieber também enfrenta um quadro de depressão desde 2019. 

Diante de todo este cenário de saúde, Justin vem cancelando shows há algum tempo, sua apresentação no Rock in Rio, por exemplo, correu o risco de não acontecer. Outros shows de sua agenda, mais especificamente da sua turnê mundial, ainda não têm confirmação; como é o caso dos shows em São Paulo que acontecem dia 14 e 15 de setembro. De acordo com fontes ao Metrópoles, o cantor cancelou este e outros eventos para cuidar de sua saúde física e emocional – um comunicado oficial ainda não foi divulgado.  

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O que é herpes zóster, uma das doenças que afeta Justin Bieber? 

Chamado de herpes zóster do ouvido (ou Ramsay Hunt), a doença infecciosa é causada pelo vírus da catapora, que pode voltar a surgir durante a idade adulta. No geral, qualquer pessoa que teve catapora pode ter o herpes zóster, contudo, o patógeno fica adormecido e geralmente tende a ser reativado a partir de uma baixa imunidade em pessoas imunossuprimidas, diabéticas, crianças ou idosos. A Ramsay Hunt não é contagiosa, mas caso o paciente desenvolva bolhas nas orelhas, o contato pode transmitir o vírus para pessoas que nunca o tiveram em seu organismo. 

No caso de Bieber, é possível que a depressão extrema e o quadro debilitado do seu sistema imune por ter contraído a Doença de Lyme tenham facilitado a reativação do herpes zóster. No Brasil, por exemplo, o número de casos da doença aumentou 35% durante a pandemia, segundo uma pesquisa da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Apesar de comum, nem todo mundo conhece a condição que afeta pessoas de todas as idades. Confira abaixo seis fatos importantes para seu conhecimento: 

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Leia mais! 

  1. Começa com a Catapora 

A doença herpes zóster resulta da reativação do varicella zoster, o vírus da catapora. Segundo Carlos Alberto Aita, médico patologista clínico e responsável técnico do DB Diagnóstico, quem já teve catapora, independentemente da idade, pode desenvolver o herpes zóster, portanto é importante estar atento aos sintomas que são dor de cabeça, pequenas bolhas e vermelhidão na pele, febre e coceira. 

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  1. Vírus “primo” da varíola dos macacos 

O varicella zóster é um vírus “primo” do monkeypox, que causa a varíola dos macacos. Por isso, os sintomas podem ser bem parecidos. “É fundamental que o diagnóstico seja feito por meio de exame laboratorial indicado por um médico, e não por conta própria”, ressalta Aita. 

  1. Estresse pode ativar o vírus 

Médicos e pesquisadores não sabem dizer com precisão o que faz o vírus varicela se tornar ativo novamente e causar o herpes zóster. O que se sabe é que às vezes acontece quando medicamentos e outras doenças enfraquecem o sistema imunológico. Além disso, o fator estresse também tem sido relacionado a ocorrências. 

  1. Cuidado maior com olhos e ouvidos 

Em sua forma mais grave o herpes zóster pode afetar um nervo na face e causar paralisação como aconteceu com o cantor Justin Bieber. Mas a infecção também pode causar dor e formação de bolhas ao redor do olho afetando a visão. Se o ouvido for afetado, pode haver dor e dificuldade auditiva. “Por isso, é importante o acompanhamento de um oftalmologista ou otorrinolaringologista para saber se o herpes zóster está próximo ao olho ou ao ouvido”, explica o especialista. 

  1. Maior risco a partir dos 50 anos 

Apesar de o herpes zóster acometer pessoas de todas as idades, quem tem mais de 50 anos está mais propenso à reativação do vírus uma vez que a imunidade conforme envelhecemos tende a cair. 

  1. Vacina para prevenir 

Há vacina para prevenção do herpes zóster. O imunizante pode ser encontrado em redes privadas de saúde (ainda não está disponível na rede de saúde pública). A vacina, em duas doses, deve ser tomada mesmo por quem já apresentou a doença. No entanto, quem já teve herpes zóster precisa aguardar no mínimo um ano entre o quadro agudo e a aplicação da vacina.

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