A Coreia do Sul está em alerta. Segundo a Administração Meteorológica do país, o super tufão Hinnamnor, resultado da tempestade mais poderosa da história sul-coreana, poderá causar várias baixas e deve atingir a usina nuclear Kori, ainda nesta terça-feira (6).

Em reunião ocorrida na última segunda-feira (5), o chefe de previsão da Administração Meteorológica da Coreia, Han Sang Un, declarou que “estamos entrando agora em uma fase em que temos que minimizar as baixas”. Ele também destacou a magnitude desse evento: “é um tufão maciço com um raio de 400 quilômetros, que é grande o suficiente para cobrir Seul a Busan. A maioria das regiões da Coreia sofrerá chuvas e ventos intensos”, disse.

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De acordo com o EnergyVoice, como medida de segurança, os responsáveis pela usina já reduziram as taxas de execução de três de seus reatores nucleares para menos de 30% de sua capacidade.

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Os cidadãos que moram em locais próximos ao possível trajeto do tufão, já foram aconselhados a permanecer dentro de casa. Aqueles que residem em áreas costeiras receberam orientações para evacuar suas residências e ir em busca de abrigos.

Imagem: Trajetória do tufão Hinnamnor, na Coreia do Sul. Créditos: Google Earth/Reprodução

A Coreia do Sul tem uma longa história com eventos climáticos desse tipo. Em 1959, com o tufão Sarah e, em 2003, com o tufão Maemi, o país foi palco de duas tempestades poderosas, as mais poderosas já enfrentadas até hoje.

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Porém, Hinnamnor pode quebrar esse recorde. De acordo com o Centro de Alerta de tufões dos EUA, por enquanto, a tempestade de Hinnamnor tem velocidades de vento de 127 milhas por hora (mph) com rajadas em torno de 155 mph, características que o colocam na categoria 5 da escala Saffir-Simpson.

Escala de ventos e furacões Saffir-Simpson

Para compreender melhor a magnitude do tufão, a Newsweek entrevistou o pesquisador sênior associado em furacões, tufões e ciclones tropicais, do Departamento de Espaço & Física Climática da University College London, Dr. Adam Lea. Segundo ele, “super tufões são definidos como um tufão na bacia do Oceano Pacífico NW, com ventos sustentados de 1 minuto de pelo menos 130 kts (150 mph), o que equivale a categoria 4 ou categoria 5 na escala de ventos de furacões de Saffir-Simpson”.

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A escala citada pelo pesquisador varia de 1 e 5, em que 1 representa ventos mais fracos, e 5 representa ventos mais fortes. Felizmente, o tufão Hinnamnor enfraqueceu consideravelmente de sua intensidade máxima. Dr. Lea declarou que as construções na Coreia do Sul estão mais resistentes a esse tipo de evento climático e podem aguentar os ventos tranquilamente.

Via: Newsweek

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