Celebrando dez anos de operação, o telescópio caçador de energia escura obteve incrível imagem da Nebulosa da Lagosta brilhando na cor vermelha. A imagem foi divulgada durante a conferência em comemoração ao décimo aniversário do equipamento.

A câmera do instrumento, desenvolvida para capturar e decifrar os segredos da energia escura, foi a responsável pelo clique, que revela o interior de uma distante região de formação estelar.

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No caso, as imagens mostram a Nebulosa da Lagosta, região de formação estelar localizada na constelação do Escorpião (Scorpius, em inglês), distante oito mil anos-luz da Terra.

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A foto mostra uma área de 400 anos-luz, na qual brilhantes estrelas jovens estão espelhadas pelas nuvens de poeira e gás. No centro dela, vê-se o que os astrônomos chamam de conjunto de estrelas, grupo de estrelas muito novas e massivas que estão “soltas”.

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Nebulosa da Lagosta brilha em vermelhor (magem: Divulgação/CTIO/NOIRLab/DOE/NSF/AURA)

Alguns dos pontos brilhantes que cercam o conjunto são chamados de protoestrelas, estrelas nascentes que serão “enroladas” nas apertadas mortalhas de poeira e gás e que, lentamente emergindo no que é visto nas belas imagens.

Ventos interestelares, radiação galáctica e poderosos campos magnéticos atingem a nebulosa, espremendo o gás e a poeira dentro em fluxos e tranças torcidas.

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Como é a câmera do telescópio caçador de energia escura?

Chamada de Câmera de Energia Escura, o equipamento está no topo dos quatro metros do telescópio nomeado Victor M. Blanco, localizado no Observatório Inter-Americano Cerro Tololo, no Chile e faz parte do projeto de Pesquisa de Energia Escura, que procura por evidências da energia escura, força invisível que os astrônomos acreditam que acelera a expansão do universo.

Esse equipamento é uma das câmeras de dispositivos acoplados carregados de campo amplo de mais alto desempenho do mundo. Possui tecnologia de imagem digital que é capaz de capturar qualquer fonte de luz fraca, segundo dados do NOIRLab, responsável pela operação do mecanismo.

A câmera, capaz de fotografar de 400 a 500 imagens por noite, chegou, recentemente, à marca de um milhão de registros individuais.

Como cientistas procuram por provas da energia escura nas imagens?

Para buscar por evidências da chamada energia escura, os astrônomos estudam, nas fotos, o quão distante os objetos se movem. Para criar essa particular imagem, os pesquisadores usam filtros especiais que isolam comprimentos de onda de luz específicos.

Observando conjuntos estelares distantes nesses comprimentos de onda, os cientistas podem entender melhor não somente os movimentos, mas, também, as temperaturas e a química das regiões de formação estelar distantes.

A montagem final é uma combinação de múltiplas exposições tiradas com diversos filtros que foram empilhados um em cima do outro para cria uma fotografia que capturasse a Nebulosa da Lagosta como se, olhada a olho nu no céu, ficaria no céu quando observado a olho nu se fosse muito mais brilhante.

Com informações de Space.com

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