8 em cada 10 redes comunitárias de internet estão em regiões remotas; entenda

Um estudo feito no Brasil traçou um perfil único dos locais onde as redes comunitárias de Internet estão dentro do país; saiba mais
Por Alanis Meira, editado por Lyncon Pradella 12/09/2022 14h12
cidade a noite com pontos de rede interconectados entre si
(Imagem: NicoElNino/Shutterstock)
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Uma pesquisa realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), identificou um perfil único das redes comunitárias de internet dentro do país.

Em regiões como no extremo sul da capital de São Paulo, as redes comunitárias ajudam diversas pessoas a terem acesso à internet sem que isso seja um desafio constante, por isso esse levantamento foi tão importante.

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Nele, o Comitê Gestor da Internet no Brasil e o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR, traçou um perfil dessas redes onde mostra que 8 a cada 10 redes comunitárias estão em regiões remotas, que possuem maior vulnerabilidade e com poucas ofertas de infraestrutura e serviços de acesso à internet.

Nessas regiões remotas foram encontrados:

  • quilombos;
  • territórios quilombolas;
  • territórios indígenas;
  • áreas ribeirinhas.

Para Juliano Cappi, Gerente Adjunto da Assessoria Técnica do CGI.br, a pesquisa mostrou que essas redes comunitárias de internet promovem a cidadania ao resolver os erros de inclusão de uma política que se baseia somente na renda das pessoas.

De acordo com a pesquisa, os moradores de periferias urbanas e visitantes de associações, assim como os alunos das escolas, as igrejas e os comerciantes locais, são os principais beneficiários a usufruírem dessas redes.

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Imagem: Sep21 Studio – Shutterstock

O uso da internet comunitária por essas pessoas se concentra em atividades como organizar festas e celebrações na região e no engajamento da comunidade em campanhas e temas de interesse geral, como as políticas públicas.

O estudo, que foi coordenado pelo Cebrap, o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento, também revela que 93% dessas redes de internet se identificam como “organizações sem fins lucrativos”. Para 14 em cada 10, o custo e a manutenção não chega a R$ 1 mil mensalmente, assim como 4 em cada 10 precisam de doações de pessoas da própria comunidade para se manter. A mesma proporção apresentada representa o financiamento de organizações não governamentais.

Fonte: Agência Brasil.

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Redator(a)

Estagiária de redação do site Olhar Digital

Lyncon Pradella
Ex-editor(a)

Lyncon Pradella é jornalista formado pela Universidade Nove de Julho. Foi estagiário da RedeTV! e repórter freelancer do UOL antes de se tornar Editor do Olhar Digital.