As preocupações com a quantidade de objetos encontrados na órbita da Terra não é recente. Quem costuma observar os céus, constantemente tem sua vista interrompida por um satélite. Em uma matéria publicada pelo Olhar Digital, um morador do Japão chegou a registrar uma trilha de satélites da Starlink, provedor de internet da SpaceX, enquanto vislumbrava o cosmos.

A SpaceX é apenas uma das empresas privadas que estão colonizando a órbita da Terra com satélites. De acordo com os planos da companhia de Elon Musk, esse é apenas o começo, já que a Starlink pretende se estabelecer em uma constelação que incorporará dezenas de milhares de satélites.

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Os especialistas declararam aos New Scientist que estão preocupados com um novo satélite que será lançado em um foguete da SpaceX, no final de semana. Estima-se que ele será o objeto mais brilhante do céu, depois da Lua.

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Construído pela empresa AST SpaceMobile, sediada no Texas, o dispositivo promoverá um serviço de celular experimental. O satélite tem foi apelidado de BlueWalker 3 e representa a maior matriz de antenas comerciais já lançada. A previsão é de que ele tenha uma grande antena reflexiva, capaz de torná-lo mais brilhante que Vênus, segundo o astrônomo da Dark Sky Consulting, John Barentine.

O especialista afirma que, se isso realmente acontecer, há a possibilidade de o BlueWalker 3 mexer com equipamento de radioastronomia durante o transporte de dados entre a órbita para o smartphone de alguém.

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O número de satélites em órbita será cada vez maior

Aparentemente, de acordo com o New Scientist, a AST SpaceMobile planeja enviar mais de 100 satélites, com duas vezes o tamanho do BlueWalker 3, no próximo ano. John Barentine alerta para as consequências desse aumento de objetos. “Quanto mais brilhantes esses objetos ficam, mais danos causarão às imagens do céu noturno”, disse.

Gigantes da tecnologia, como a Amazon e até mesmo a Apple também fazem parte da extensa lista de empresas em busca de se estabelecer na órbita da Terra. Barantine alega que os cientistas estão cientes e esperam que esse crescimento aconteça, porém “o que eles [cientistas] querem é uma convivência pacífica. Não podemos tornar os satélites invisíveis”.

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Via: The Byte

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