O Telescópio Espacial James Webb identificou estrelas em chamas na Nebulosa de Órion, a região formadora de estrelas massivas mais próxima da Terra. Essas estrela aquecem a área ao seu redor e as moléculas que estão na região “explodem”.

Estudar essa nebulosa faz parte do programa de observação liderado por Olivier Berné do Instituto de Astrofísica e Planetologia da França. A imagem captada por James Webb mostra uma parte da extensão visível dessa nebulosa, que tem massa duas mil vezes maior que do Sol, além de abrigar centenas de estrelas jovens e quentes.

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A partir dessas observações, os cientistas pretendem compreender especificamente como essas estrelas massivas no centro da Nebulosa de Órion afetam seus locais de nascimento, ao aquecer o gás e a poeira do seu entorno. Conhecimentos prévios aliados aos dados do James Webb mostram que esse processo ocorre mais intensamente nas regiões conhecidas de fotodissociação. Nesses locais a luz estelar intensa rompe as moléculas que estão em volta da estrela.

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Imagem: Nebulosa de Órion. Créditos: NASA/ESA/CSA/STScI/R. Colombari

As estrelas, quando se aquecem, dissociam material, e isso faz com que nuvens apareçam. Porém, elas permanecem distantes o suficiente para escapar da forte radiação emitida pela nebulosa. As imagens produzidas pelo telescópio vão auxiliar a compreensão dos pormenores desse processo que é fundamental para o estudo sobre a matéria interestelar presente na Via Láctea, já que ela também é composta pelos remanescentes de explosões dos fenômenos como a Nebulosa de Órion.

Essa é mais uma oportunidade de o Telescópio Espacial James Webb mostrar outra vez o seu potencial exploratório e de observação. Esse instrumento já foi capaz de detectar diversos astros e conglomerados, inclusive a estrela mais distante já vista no Universo, a WHL0137-LS, detectada pela primeira vez pelo Telescópio Espacial Hubble.

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