Exoesqueleto faz veterano de guerra paralisado voltar a andar

Por Gabriel Caldini, editado por Acsa Gomes 14/09/2022 12h50, atualizada em 15/09/2022 16h05
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Um veterano da Guerra do Iraque paralisado da cintura para baixo pôde voltar a andar sozinho com a ajuda de um exoesqueleto. O estadunidense Richie Neider sofreu danos à sua medula espinhal após ser atingido pela explosão de uma bomba em 2005. Posteriormente, em 2013, complicações na cicatrização o deixaram dependente de uma cadeira de rodas.

Agora, usando o exoesqueleto ReWalk Personal 6.0, ele voltou a andar por conta própria depois de quase 10 anos.

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“Finalmente estou podendo ir ao mundo real usando o exoesqueleto em vez de apenas realizar treinamentos e simulações”, conta Neider. “Depois de uma década sem andar, é uma das sensações mais incríveis que existe. Você não se esquece como andar, o seu cérebro sempre te guia.”

O que é um exoesqueleto?

Desenvolvido pela empresa ReWalk Robotics, o dispositivo funciona detectando mudanças no centro de gravidade do usuário, dando os passos conforme ele se inclina para a frente. Os motores localizados nas articulações do quadril e dos joelhos permitem movimentos de caminhada bem naturais.

Exoesqueletos humanos têm sido desenvolvidos há anos a fim de ajudar na mobilidade de pessoas paralisadas, assim como para usos militares e para aumentar a força e resiliência de pessoas cujos trabalhos exigem muito esforço físico. Em 2014, o governo federal dos Estados Unidos aprovou o uso comercial do equipamento da ReWalk.

“O exoesqueleto pode ser usado por pessoas completamente paralisadas ou também por alguém que tem alguma habilidade para andar, mas com dificuldade”, afirma o fisioterapeuta Dan Bonaroti.

Uma nova caminhada

Além de ajudar as pessoas a andar novamente, reconquistando, assim, a sua independência, os exoesqueletos podem trazer grande benefícios para a saúde mental. Segundo um estudo de 2008, 48.5% dos indivíduos que sofreram danos às suas medulas espinhais enfrentam problemas psicológicos, com 37% deles lidando com a depressão.

“A minha maior deficiência não é minha incapacidade de andar, mas a maneira como eu estava enxergando as coisas”, confessa Neider. “Era o lado psicológico da situação. Quando percebi isso, pude seguir em frente tendo em mente que posso fazer tudo o que os outros fazem, apenas de uma maneira diferente.”

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Redator(a)

Gabriel Caldini é redator(a) no Olhar Digital

Acsa Gomes
Redator(a)

Acsa Gomes é formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela FAPCOM. Chegou ao Olhar Digital em 2020, como estagiária. Atualmente, faz parte do setor de Mídias Sociais.