Após o sucesso conquistado pelo TikTok nos últimos anos com seus vídeos curtos, outras redes sociais passaram a investir no formato para bater o rival, casos do Instagram (com o Reels) e o YouTube (com o Shorts).

Mas nem todos estão contentes com as estratégias adotadas pelas redes. Nesta quinta-feira (22), o influencer Felipe Neto agitou a internet ao criticar o YouTube por estar, supostamente, dando mais atenção ao Shorts e deixando sua “essência” de lado: Os vídeos tradicionais.

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O youtuber foi incisivo e afirmou que, se a plataforma do Google não apresentar “reais e significativas melhorias” aos criadores de conteúdo e diminuir a prioridade ao Shorts, ele irá sair do YouTube. Felipe está desde 2010 produzindo vídeos, tendo sido um dos precursores dos influencers no Brasil ao lado de nomes, como Cauê Moura, Julio Cocielo e Diego Gasparini (canal Inoticos).

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https://twitter.com/felipeneto/status/1573082339118559232?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1573082339118559232%7Ctwgr%5Eca3f2593d5026e78180ff4af8e120c6d7cfe88d2%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fmetropolitanafm.com.br%2Ffamosos%2Ffim-de-carreira-felipe-neto-faz-desabafo-sobre-a-prioridade-de-conteudo-no-youtube

O influencer ficou irritado e desabafou após ter baixa audiência em recente live realizada no YouTube.

Botões do YouTube de “não tenho interesse” e “não recomendar o canal” mal funcionam, diz estudo

Um novo estudo da Mozilla mostrou que, mesmo quando os usuários do YouTube informam para a plataforma que não querem receber alguns vídeos ou recomendações semelhantes, o YouTube continua enviando os conteúdos rejeitados.

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Os pesquisadores da Mozilla descobriram que botões como “não tenho interesse” ou “não recomendar o canal”, disponibilizados dentro do YouTube para que os usuários possam ter um certo tipo de controle das suas recomendações, não estão funcionando como deveriam.

Essa conclusão foi tirada depois de usar como base as recomendações de vídeos de mais de 20 mil usuários da plataforma.

Mesmo quando funcionam como deveriam, o relatório descobriu que esses botões ainda permitem que mais da metade das recomendações sejam similares aos conteúdos que supostamente foram barrados pelos usuários. 

Para realizar a coleta de dados de vídeos e usuários de verdade, os pesquisadores selecionaram voluntários que usaram o RegretsReporter da fundação, que nada mais é do que uma extensão no navegador que sobrepõe o botão “parar de recomendar” nos vídeos encontrados no YouTube, os quais foram assistidos por essas pessoas.

No backend, os usuários foram escolhidos de forma aleatória para formarem grupos. Em seguida, sinais diferentes foram enviados ao YouTube a cada vez que clicaram no botão da Mozilla, semelhante aos da própria plataforma como “não gosto”, “não é interessante” ou “não recomendar o canal”, assim como um grupo de controle para o qual não foi enviado nenhum feedback para o YouTube.

Tendo dados de mais de 500 milhões de vídeos recomendados como base, os assistentes de pesquisa criaram mais de 44 mil pares de vídeos, sendo um vídeo “rejeitado” e um vídeo recomendado pela plataforma.

Youtube logo

“O YouTube precisa respeitar o feedback que os usuários compartilham sobre a experiência, tratando-os de forma significativa e entendendo como as pessoas querem gastar seu tempo na plataforma”, escreveram os pesquisadores.

Elena Hernandez, porta-voz do YouTube, disse que esta maneira de agir em relação aos conteúdos bloqueados acontece de propósito, porque não querem bloquear todo o conteúdo relacionado a um tópico. Elena também criticou o relatório, dizendo que não foi considerado como os controles da plataforma são projetados.

“É importante frisar que nossos controles não filtram tópicos ou pontos de vista inteiros porque poderiam ter efeitos negativos para os espectadores, como criar câmaras de eco”, contou. “Recebemos bem a pesquisa acadêmica, e é por isso que expandimos recentemente o acesso à API de dados através do nosso Programa de Pesquisadores do YouTube. O relatório da Mozilla não levou em conta como nossos sistemas realmente funcionam e, portanto, é difícil para nós obter muitos insights”.

Imagem destacada: Reprodução/Instagram

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