Peru decreta estado de emergência em região amazônica afetada por vazamento de petróleo

Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Flavia Correia 26/09/2022 10h47, atualizada em 26/09/2022 10h50
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Imagem: creator999 - Shutterstock
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Após vazamento de petróleo atingir parte da região amazônica do Peru, o Ministério do Meio Ambiente do país decretou, no último domingo (25), estado de emergência de 90 dias, na área afetada. Seis comunidades indígenas com aproximadamente 2.500 habitante foram atingidas.

A ruptura do oleoduto Norperuano, que pertence a empresa estatal Petroperú, derramou o equivalente a 2.500 barris de petróleo bruto no Rio Cuninico, em Loreto, no nordeste do país. No meio deste mês, comunidades nativas já haviam denunciado que um rio da região amazônica estava contaminado.

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Naquela ocasião, a Petroperú declarou que uma equipe de emergência foi enviada até o local para lidar com o ocorrido e prestar auxílio às cerca de 2.500 pessoas que vivem nas comunidades afetadas pelo vazamento.

Segundo a estatal, o derramamento, causado por um corte de 21 centímetros na tubulação do gasoduto, já está controlado. Uma das maiores preocupações das autoridades é em relação à pesca artesanal praticada no rio Cuninico.

Petroperú realiza trabalhos de limpeza e avaliação do rio Cuninico, atingido por derramamento de petróleo do oleoduto Norperuano. Imagem: Petroperú

De acordo com o comunicado do Ministério do Meio Ambiente, “declarou-se emergência ambiental na área geográfica impactada nas comunidades de Cuninico e Urarinas”. Essa medida foi adotada como forma de facilitar as operações de recuperação e minimizar a contaminação ambiental.

O oleoduto Norperuano, construído há quatro décadas para transportar petróleo bruto da região amazônica até Piura, foi uma das maiores obras do país. São 800 quilômetros de extensão do ponto inicial até o destino.

Após a denúncia dos líderes indígenas, a promotoria do Peru abriu uma investigação para apurar a causa do incidente ambiental. A Petroperú não descarta a hipótese de sabotagem. Somente neste ano, a empresa relatou 11 ataques a seu oleoduto, que causaram vazamentos de petróleo. Segundo a Sociedade Nacional de Mineração, Petróleo e Energia, desde 2014 já foram registrados 29 atos de sabotagem contra o oleoduto.

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.