De acordo com o relatório “Saúde nas Américas” divulgado na terça-feira (27) pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a população das Américas (Norte, Sul e Central) perdeu 2,9 anos de expectativa de vida após a chegada da pandemia de covid-19. Segundo informações da AFP, o levantamento foi apresentado na 30ª Conferência Sanitária Pan-Americana da OPAS, que ocorreu na segunda-feira (26).
“A pandemia afetou direta e indiretamente a saúde da população e ameaçou o avanço contra várias doenças”, afirmou o diretor do Departamento de Evidência e Inteligência para Ação em Saúde da OPAS, Sebastián García Saiso.
Conforme o relatório, a América foi, em vários momentos, o epicentro do coronavírus e, sozinha, somou mais de 177 milhões de casos e 2,8 milhões de mortes. Os números equivalem a 37% dos casos de covid de todo o mundo e 45% dos óbitos.
Baseado em estimativas do documento “Perspectivas da População Mundial 2022”, da Organização das Nações Unidas (ONU), para a América Latina e Caribe isso significa uma redução de 75,1 anos em 2019, para 72,2, em 2021.
Na América do norte, uma queda de 1,8 ano também foi observada. Embora a região tenha registrado 55% dos casos, a América Latina e Caribe concentraram 62% das mortes pelo vírus.
“A queda na expectativa de vida pode ser revertida, à medida que os países avançarem com a vacinação contra a covid-19, fortalecerem seus serviços de saúde para oferecer atenção a todos e reduzirem as desigualdades”, acrescentou Saiso.
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A análise também destacou a queda em cuidados de saúde devido a pandemia ter afetado significativamente os profissionais da área, principalmente os que agiram na linha de frente de combate ao vírus.
Até novembro de 2021, 41 países e territórios da região registraram quase 2,4 milhões de casos entre profissionais de saúde e 13.081 mortes. No mesmo período, 93% dos países relataram interrupções na prestação de serviços essenciais de saúde.
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