Exoplanetas habitáveis poderão ser detectados com novo modelo proposto por cientistas

Por Isabela Valukas Gusmão, editado por André Lucena 03/10/2022 08h00
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Imagem: Ilustração de um exoplaneta capaz de abrigar vida humana. Créditos: Om.Nom.Nom/Shutterstock
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Uma nova pesquisa sobre exploração de exoplanetas evidenciou um novo método para detectar a presença de vários objetos rochosos temperados e possivelmente habitáveis, como a Terra. Por enquanto, as buscas têm focado em estrelas mais frias que o Sol, as anãs vermelhas ou estrelas do tipo M. Basta receber uma incidência solar moderada e abrigar certa quantidade de mar, para que o planeta apresenta um clima temperado.

Alguns modelos anteriores de previsão, indicaram que poucos astros integrantes de sistemas com estrelas M conseguem satisfazer essas condições. Entretanto, novas simulações realizadas por pesquisadores da Universidade de Tóquio, concentraram esforços em planetas cuja composição atmosférica era rica em hidrogênio e a formação do oceano era o resultado entre a interação da atmosfera com o magma.

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Os cientistas desenvolveram esse novo modelo para estimar a quantidade de água presente em cada planeta, que orbita estrelas do tipo M. Surgiram vários objetos candidatos, com raios semelhantes ao da Terra, com quantidades consideráveis de água do mar e orbitando estrelas do tipo M.

Esse resultado aponta para um cenário bastante provável nos próximos anos de que planetas habitáveis sejam encontrados. Dentre os 5 mil detectados até agora, muitos têm o mesmo tamanho da Terra. Se algum deles apresentar um clima temperado será muito interessante para o tema da habitabilidade, afinal de contas, a água, além de necessária para a manutenção da vida na Terra, também desempenha um papel importante na determinação do clima.

Próximos passos da busca por planetas habitáveis

O modelo feito pelos pesquisadores da Universidade de Tóquio utilizou como base as mais recentes teorias de formação de planetas para calcular a quantidade de água adquirida no processo de desenvolvimento. O modelo também incorporou o efeito da produção da água na atmosfera primordial.

Agora, espera-se que cerca de 100 planetas do tamanho da Terra sejam detectados na zona habitável ao redor de estrelas do tipo M em programas de exploração de exoplanetas contínuos e futuros, como o TESS e o PLATO. Além disso, os cientistas acreditam que esses dados teóricos serão corroborados com as observações atmosféricas dos telescópios espaciais infravermelhos JWST e Ariel.

Esses telescópios serão capazes de revelar a presença de moléculas de água e outros elementos na atmosfera. A partir desse cenário, os pesquisadores conseguirão compreender melhor o processo de formação de planetas aquáticos como a Terra.

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

André Lucena
Ex-editor(a)

Pai de três filhos, André Lucena é o Editor-Chefe do Olhar Digital. Formado em Jornalismo e Pós-Graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte, ele adora jogar futebol nas horas vagas.