Será que nesse ano vai ter mudança no horário de verão? Aparentemente, não. Pelo menos, foi o que novos estudos no Operador Nacional de Sistema Elétrico (ONS) apontaram. Segundo os resultados obtidos, “a aplicação do horário de verão neste ano não traz benefícios para a operação do sistema elétrico nacional”.
Desde que o presidente Jair Bolsonaro extinguiu o mecanismo em 2019, os brasileiros ainda têm dúvidas sobre a possibilidade de haver horário de verão nos anos subsequentes. Para avaliar a possibilidade de volta -ou não-, o Ministério de Minas e Energia (MME), encomendou esse estudo do ONS em agosto.
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Os resultados das pesquisas devem ser apresentados na próxima reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), prevista para acontecer na próxima quarta-feira (5). O encontro será presidido pelo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida. No entanto, somente o governo federal poderia adotar, se fosse o caso, o horário de verão novamente.
De acordo com uma declaração do ONS ao Estadão/Broadcast, “os resultados obtidos não apontaram benefícios para a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) decorrentes dessa medida. Neste contexto, o ONS reforça que cabe ao Governo Federal definir se aplicará ou não a medida”.
Solicitado justamente para compreender se o padrão de consumo elétrico se alterou de forma a impactar o cenário geral da energia no Brasil, o pesquisadores observaram quais seriam os efeitos de adiantar o pico de consumo do início da noite para um horário em que ainda há Sol e geração de energia dessa fonte, fator que poderia reduzir a necessidade de utilizar meios alternativos de produção, que podem custar mais caro.
Horário de verão gera economia?
Esse estudo de viabilidade solicitado pelo MME é oriundo de preocupações de alguns setores da economia, principalmente com cenários de crise hídrica, como ocorreu no passado. O mesmo argumento de 2019 foi endossado nesse novo exame entregue ao ministério: a medida não traria economia de energia. A avaliação apontou que a aplicação do horário de verão poderia ajudar um pouco na redução do consumo nos horários de pico.
O horário de verão, criado com a finalidade de aproveitar o maior período de luz solar durante a época mais quente do ano, foi instituído no Brasil em 1931, pelo então presidente Getúlio Vargas, e adotado em caráter permanente a partir de 2008. Entretanto, segundo o governo federal atual, mudanças nos hábitos de consumo, bem como o avanço da tecnologia reduziram a relevância da economia de energia ao longo dos anos.
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