Os progressos tecnológicos estão mudando diversas indústrias. A mudança no setor das máquinas de pagamento veio com o Pix, o sistema de pagamentos do Banco Central. Especialistas indicam que os intermediários entre quem paga e quem recebe devem ser suprimidos e isso coloca o futuro da máquina em risco.

De acordo com o Samuel Ferreira, CEO da Meep, empresa de soluções tecnológicas para meios de pagamento, “empresas de tecnologia estão de olho nessa mudança e resistir a essa inovação pode significar o fim destes negócios”.

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Segundo dados do Banco Central, em julho deste ano, mais de 478 milhões de chaves foram registradas no sistema de pagamento instantâneo, 95% delas são de pessoas físicas. Estima-se que existam mais chaves Pix do que registros pessoais no país.

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Apesar dos rápidos progressos na tecnologia nos bancos, a segurança continua sendo uma grande preocupação. O golpe crescente em que os criminosos forçam as vítimas a transferir dinheiro utilizando o Pix criou receio entre os comerciantes. Outro problema vem de companhias que não estão dispostas a agregar mais serviços aos vendedores, como softwares de administração de contas e estoques.

“As novas maquininhas já vêm com a opção do QR-Code, que tem a mesma funcionalidade que o Pix para o comerciante”, comenta Samuel. As mais modernas que têm essa possibilidade são as da PagSeguro, Mercado Pago, Cielo e SafraPay.

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Pix ameaça o mercado das maquininhas de cartão
Imagem: ADVTP/Shutterstock

Ao comparar recursos, as maquininhas registraram um crescimento de 344,5% no primeiro semestre de 2022 em relação ao mesmo período de 2021, movimentando R$ 235,5 bilhões, e o Pix atingiu R$ 993 milhões em 2 trilhões de transações. A análise mostra que, embora novas tecnologias estejam tomando espaço na cultura financeira brasileira, as maquininhas estão longe de acabar.

De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Empréstimo e Serviços, existem aproximadamente 11,2 milhões de máquinas em 2021. Para Samuel, esse número garante que a maquininha terá vários anos a mais no mercado.

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“Diferente do que as pessoas acreditam, o equipamento é uma das fontes mais rentáveis dos empreendimentos e serviços da atualidade, com expectativa de que a quantidade de maquininhas aumente em 40% entre 2022 e 2023”.

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