O Google fechou parceria com Coinbase, plataforma de transferências de criptomoedas, e dessa forma os clientes da empresa poderão pagar por serviços de nuvem com criptomoedas em 2023. Juntas, as empresas pretendem agilizar a utilização da Web 3 por usuários.

De acordo com o Google, a Coinbase usará a plataforma do Google Cloud para processar dados de blockchain e aumentar o alcance de seus serviços de criptografia em todo o mundo. Além disso, a empresa focada em criptomoedas poderá usar a infraestrutura de Cloud para realizar análise de informações de seus clientes por meio de machine learning (aprendizado da máquina).

publicidade

Leia mais:

Coinbase cryptocurrency exchange
(Nadezda Murmakova/Shutterstock)

Já o Google usará a Coinbase Prime – plataforma institucional de negociação de criptomoedas – para armazenar e negociar criptomoedas. De acordo com o vice-presidente e chefe de plataforma do Google Cloud, Amit Zavery, em entrevista a CNBC, a infraestrutura de nuvem do Google aceitará inicialmente os pagamentos em criptomoedas para diversos clientes da Web 3. Zavery também disse que a big-tech tem a intenção de permitir que muito mais clientes façam pagamentos com criptomoedas.

publicidade

Thomas Kurian, CEO do Google Cloud explicou em comunicado que a parceria visa acelerar a adesão dos usuários a Web 3. “Queremos tornar a construção na Web 3 mais rápida e fácil, e essa parceria com a Coinbase ajuda os desenvolvedores a se aproximarem desse objetivo”, disse Kurian. “Estamos orgulhosos de que a Coinbase tenha escolhido o Google Cloud como seu parceiro estratégico de nuvem e estamos prontos para atender ao próspero ecossistema global de clientes e parceiros da Web 3”.

Web 3.0

A Web 3 é a próxima fase da internet. Eu diria até que é a nova internet. Ela ainda está sendo construída, testada e implementada. Logo, ainda não há uma definição única e estabelecida do que ela é ou como será, mas já temos visto por aqui novidades que podem nos dar algumas pistas.

publicidade

Para falar desse tema, precisamos ter em mente três palavras-chave: Interoperabilidade, Descentralização e Privacidade.

Em geral, a Web 3.0 se refere a uma internet possibilitada pelos blockchains das redes descentralizadas, como Ethereum, Solana e Avalanche, por exemplo. A principal inovação dessas redes é a criação de plataformas que nenhuma entidade central controla, mas que são extremamente seguras e confiáveis. A ideia principal é dar mais protagonismo, privacidade e controle aos usuários.

publicidade

A principal vantagem da Web 3 é que ela tenta resolver o maior problema gerado pela Web 2: a coleta de dados pessoais por redes privadas, que são vendidos a anunciantes ou até mesmo atacados por hackers.

O foco é uma internet em que você controla para quem manda o dinheiro, em qual moeda (criptomoedas), e que ainda garante a sua privacidade sem que haja algoritmos salvando seus dados intermitentemente. Onde você possa fazer buscas sem que depois surjam insistentes anúncios sobre o tema, e se consiga utilizar navegadores que não acessam nada mais do que o endereço de sua carteira de criptomoedas. Essas opções já existem.

Com informações de The Verge, CNBC e Coluna Luciano Mathias

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!