Estrelas massivas podem ficar “invisíveis” antes de explodirem

Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Lucas Soares 13/10/2022 23h15
Supernova
Imagem: MR.Somchat Parkaythong/Shutterstock
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Um estudo realizado por astrônomos da Universidade de Liverpool John Moores e da Universidade de Montpellier chegaram à conclusão de que estrelas massivas (de 8 até 20 massas solares) durante a última fase de suas vidas, conhecida como “supergigante vermelha”, têm sua luz enfraquecida em até 100 vezes antes de explodir.

Esse escurecimento é causado pelo acúmulo repentino de material ao redor da estrela, que bloqueia sua luz. Até esse estudo, não se sabia quanto tempo as estrelas levam para acretar esse material, porém, agora os pesquisadores parecem ter encontrado novas respostas sobre a formação desses “casulos” pré-explosão.

Leia mais:

Alguns dados mais antigos mostram que existem imagens de astros que explodiram cerca de um ano depois que a fotografia foi tirada. Como essas estrelas têm luminosidade “normal” nessas imagens, isso significa que provavelmente o casulo circunstelar ainda não foi construído, logo, os pesquisadores concluíram que a montagem desse círculo de acreção ocorre em menos de um ano, o que é considerado extremamente rápido em termos cosmológicos.

O principal autor do artigo, Benjamin Davies, da Universidade de Liverpool John Moores, disse que “o material formado obscurece quase inteiramente a estrela”. Esse fato faz com ela fique 100 vezes mais fraca na parte visível do espectro de luz, ou seja, em meses mais próximos da morte desse astro seria quase impossível notar que ela está lá. O pesquisador acrescentou que observações com esse nível de detalhe só aconteceram após essas estrelas.

“Com este sistema de alerta antecipado, podemos nos preparar para observá-los em tempo real, apontar os melhores telescópios do mundo para as estrelas precursoras, e vê-los sendo literalmente despedaçados na frente de nossos olhos”, concluiu Davies.

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!

Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.