Fenômeno raro, “arco-íris de névoa” é fotografado nos EUA

Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Lucas Soares 14/10/2022 08h46
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Imagem: Fotografia de uma arco-íris de névoa, formado em São Francisco, nos Estados Unidos. Créditos: Stuart Berman/Twitter
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Um evento inusitado e raro aconteceu nos céus de São Francisco, nos Estados Unidos: um “arco-íris de névoa”. Esse fenômeno aéreo é formado por gotículas de neblina que, assim como os tradicionais arco-íris coloridos, recebem luz solar, que sofre refração, porém nesse caso em comprimento de onda que não produz o evento visual habitual.

Em arco-íris comuns, vistos geralmente após a chuva, a refração da luz solar ao atravessar as gotículas de água resulta em um festival multicolorido, composto por sete cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta.

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Como os dois fenômenos surgem da mesma forma, a diferença entre um e outro está no tamanho das gotículas de água. Para que um arco-íris “incolor” se forme, as gotículas precisam ser menores que 0,05 milímetros, em comparação com as gotículas de chuva, que são entre 10 e 1.000 vezes maiores, e formam os tradicionais arco-íris coloridos.

Segundo o Escritório Meteorológico do Reino Unido, com um tamanho menor, o efeito de difração será dominante na luz, em vez do efeito de refração. Isso significa que, em vez da luz ser dividida em seu espectro arco-íris, ela será espalhada e formará uma mancha de névoa branca.

Reprodução: Twitter

Como encontrar um arco-íris de névoa?

A imagem do “fogbow” – como esse evento é conhecido em inglês – foi compartilhada no Twitter e angariou muitos comentários. De acordo com o site EarthSky.com, o melhor horário para detectar esse curioso fenômeno é durante uma névoa fina, quando o Sol está claro.

O meteorologista do Serviço Nacional de Meteorologia, Brooke Bingaman, disse ao site de notícias SFGate que, “no lado direito da imagem, é possível ver a tonalidade avermelhada voltada para fora. Tem um pouco da cor, mas os prismas não são tão eficazes quanto as gotas de chuva”. Bingaman também destacou que o difícil não é o aparecimento do arco-íris, e sim ter uma câmera naquele exato momento para capturá-lo.

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.