Outubro é o mês mundialmente dedicado ao compartilhamento de informações e ações relacionadas ao câncer de mama – principal causa de morte pela doença na população feminina em todo o Brasil. Conhecido como ‘Outubro Rosa’, o intuito do período é reforçar o alerta sobre o diagnóstico, além de dar orientações sobre prevenção e cuidados. 

Segundo o Dr. José Roberto Fraga Filho, mastologista e dermatologista membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a prevenção começa com o autoexame, que a mulher deve fazer mensalmente a partir dos 20 anos, apalpando as mamas. Ele deve ser feito entre o quarto e o sexto dia depois do fim do fluxo menstrual. As mulheres que não menstruam devem escolher uma data para realizar a avaliação.  

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Câncer de mama
Imagem: shutterstock/Alejandro_Munoz

Durante o toque, é importante ficar atenta aos seguintes sinais e sintomas: 

  • Nódulos palpáveis na mama ou região das axilas; 
  • Alterações na pele que recobre o local do nódulo; 
  • Região da mama com aspecto parecido a uma casca de laranja; 
  • Saída de secreção de aspecto sanguinolento pelo mamilo. 

É importante destacar que, o autoexame não substitui a avaliação médica, que deve contar com mamografia, ultrassom, ressonância magnética, exame de sangue e análise genética.

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O tratamento é dividido em três tipos: cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Não necessariamente o paciente precisará dos três, mas todos tem em comum as lesões na pele. 

Quais os cuidados com a pele durante o tratamento? 

Quimioterapia: a quimioterapia é um tratamento através de drogas injetadas na nossa corrente sanguínea que irão combater as células cancerígenas, como efeito colateral temos um ressecamento e descamação, levando a quebra de barreira da proteção que temos, facilitando a entrada de bactérias causando infecções. Outro efeito colateral bastante frequente é a queda de cabelo durante o período da quimioterapia, chamado de Eflúvio Anageno, sendo um processo no qual há uma perda temporária dos fios de cabelo. 

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Radioterapia: já a radioterapia, diferente da quimioterapia, é um tratamento localizado, onde na área tumoral são aplicadas radiações ionizantes com o efeito de levar a morte de células malignas. Como efeito colateral, em quase 100% dos casos, temos uma queimadura superficial da pele com escurecimento – chamada radiodermite. Também é um processo temporário, podendo deixar uma mancha escura no local da aplicação. 

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Para diminuir esses efeitos colaterais, o dermatologista entra para auxiliar o mastologista, visando que o paciente tenha o menor desconforto possível.  

“Visto que tanto a quimioterapia como a radioterapia levam a um ressecamento da pele, o paciente precisa de uma hidratação mais vigorosa, através da ingestão de 2 a 3 litros de água por dia, uma hidratação tópica através de cremes e óleos hidratantes e, por último, evitar que a pele desidrate ainda mais devido a banhos quentes e demorados”, explicou o médico. 

Diferente do câncer de pele onde as radiações ultravioletas dos raios solares são o grande vilão, no câncer de mama não há essa relação, porém durante o tratamento essa exposição solar exagerada deve ser evitada, visto que a pele está com suas defesas diminuídas e isso, sim, pode desenvolver câncer de pele no futuro. 

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