A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou por um relatório divulgado na quarta-feira (19) que até 2030 quase 500 milhões de pessoas desenvolverão diversas doenças por falta de atividade física. Conforme o documento, as principais condições serão problemas cardíacos, obesidade, diabetes e outras doenças não transmissíveis (DNTs). 

Segundo informações do G1, a OMS acrescentou que, além do aumento de doenças e condições crônicas, os custos para o tratamento desses novos problemas de saúde chegarão a quase US$ 300 bilhões até 2030, cerca de US$ 27 bilhões anuais (aproximadamente R$ 142,5 bilhões na conversão atual). 

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A prática de exercícios físicos é um fator importante para a perda de peso
A prática de exercícios físicos é um fator importante para a perda de peso. Imagem: Inside Creative House / Shutterstock

O levantamento também apontou que menos de 50% desses países possuem uma política nacional de atividade física, e dentre os que até implantaram, menos de 40% estão em operação. Quase todos os países disseram realizar um monitoramento para acompanhar a prática entre adultos, mas apenas 75% acompanham os adolescentes e, no caso das crianças com menos de cinco anos, o índice não chega a 30%. Além disso, nem 50% dos países têm projetos para vias de caminhada e ciclismo

“Precisamos de mais países para ampliar a implementação de políticas para apoiar as pessoas a serem mais ativas por meio de caminhadas, ciclismo, esportes e outras atividades físicas. Os benefícios são enormes, não apenas para a saúde física e mental dos indivíduos, mas também para as sociedades, ambientes e economias”, afirmou, em comunicado, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. 

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O relatório considerou 194 países no período de 2020 a 2030. A divulgação de estimativa visa estimular ações e políticas sociais contra o sedentarismo, já que ele é um dos fatores de risco para o desenvolvimento de doenças.  

“Esperamos que os países e parceiros usem este relatório para construir sociedades mais ativas, saudáveis e mais justas para todos.” 

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O relatório concluiu que, no geral, em 194 países o progresso é lento e é necessário “acelerar o desenvolvimento e implementação de políticas para aumentar os níveis de atividade física e, assim, prevenir doenças e reduzir a carga sobre os sistemas de saúde já sobrecarregados”.  

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A organização fez um apelo por programas que visem a redução desses números. A meta da OMS é diminuir em 15% a prevalência da inatividade física. 

“Precisamos facilitar programas inclusivos de atividade física para todos e garantir que as pessoas tenham acesso mais fácil a eles. Este relatório emite um apelo claro a todos os países para uma ação mais forte e acelerada de todas as partes interessadas relevantes, trabalhando melhor em conjunto para atingir a meta global de uma redução de 15% na prevalência de inatividade física até 2030”, disse Ruediger Krech, diretor do Departamento de Promoção da Saúde da OMS. 

As diretrizes da organização ainda orientam o tempo necessário de exercício físico ideal para adultos: até 300 minutos de atividade física por semana — uma hora por cinco dias ou 40 minutos por sete dias. Claro que, sendo válido para pessoas que não tiverem uma contraindicação. 

Além de reduzir o risco de hipertensão, diabetes, obesidade, doenças cardíacas e outras, a atividade física também atua na saúde mental, cognitiva e no sono, beneficiando todos os aspectos relacionados ao bem-estar. 

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