Não é segredo que a NASA tenta, há décadas, criar ferramenta capaz de aterrissar rovers em Marte sem que eles sejam destruídos.
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Em uma postagem, o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA (JPL) indicou que os cientistas estão mexendo com conceitos para um módulo de pouso experimental que estão chamando de Dispositivo Simplificado de Aterrissagem de Energia de Alto Impacto, ou SHIELD (em inglês; ou escudo, em português) – um dispositivo inteligente que poderia permitir o envio de rovers para áreas ainda mais traiçoeiras do Planeta Vermelho.
A SHIELD, observa o JPL, “usaria base dobrável semelhante a um acordeão que atua como a zona de deformação de um carro e absorve a energia de forte impacto”.
Para testar a nova abordagem, a NASA lançou eletrônicos a mais de 160 quilômetros por hora de uma torre e em uma maquete em tamanho real do atenuador da SHIELD, uma pirâmide invertida composta de anéis de metal. O experimento foi, como disse o JPL, um “sucesso estrondoso”.

“O único hardware que foi danificado foram alguns componentes de plástico com os quais não estávamos preocupados”, disse o gerente de projeto da SHIELD, Lou Giersch, no post.
O uso dessa tecnologia, argumenta o JPL, poderia tornar os pousos em Marte muito mais baratos, “simplificando o processo angustiante de entrada, descida e pouso” – e poderia abrir a porta para mais oportunidades de pouso no planeta.
“Achamos que poderíamos ir para áreas mais traiçoeiras, onde não gostaríamos de tentar colocar um rover de bilhões de dólares com nossos atuais sistemas de pouso”, disse Giersch. “Talvez possamos até pousar vários deles em diferentes locais de difícil acesso para construir uma rede.”
A tecnologia pode ter implicações que vão muito além de Marte. “Se pudermos fazer pouso forçado em Marte”, acrescentou Velibor Ćormarković, membro da equipe da SHIELD, “sabemos que a SHIELD poderia funcionar em planetas ou luas com atmosferas mais densas”.
Com informações de The Byte
Imagem destacada: Ilustração/NASA
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