“Plástico inteligente” é criado por cientistas nos EUA

Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Acsa Gomes 25/10/2022 08h24, atualizada em 26/10/2022 14h18
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Cientistas da Universidade do Texas, nos EUA, estão explorando os potenciais de maleabilidade de um novo material, semelhante aos plásticos, em um novo artigo. O objetivo desses pesquisadores é criar um componente inédito que é flexível em algumas seções e duro em outras, que possa ser utilizado em equipamentos eletrônicos e robôs.

O desenvolvimento desse novo material é inspirado em materiais naturais que podem ser rígidos em alguns lugares e macios e elásticos em outros. Pele, músculo, árvores e mariscos são alguns dos exemplos tomados como base pela equipe. Criar versões sintéticas que misturam força e flexibilidade vai ser um grande desafio.

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Experimentos anteriores tentaram misturar diferentes materiais pré-existentes, mas esse tipo de abordagem tem suas deficiências. Em muitos casos o produto acabado aparece “caindo aos pedaços” nas junções entre os componentes distintos.

Agora, a esperança é a criação de um material que seja semelhante ao plástico. Químicos já estão se mobilizando nesse sentido, através do uso de monômeros. Essas pequenas moléculas que se unem e formam os polímeros, que por sua vez são bem parecidos com os encontrados no próprio plástico. Porém esse novo material apresenta alguns diferenciais.

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Imagem: Material que lembra plástico, mas que segue padrões diferentes de acordo com a luz, é criado por cientistas da Universidade do Texas. Créditos: Universidade do Texas

Ao integrar um catalisador aos monômeros para fazê-los responder à luz visível, os pesquisadores notaram o efeito de um polímero semicristalino com atributos semelhantes à borracha, formando um material duro e rígido. As áreas desse material que não estavam expostas à luz permaneceram macias e elásticas.

Uma enorme game de possibilidades para esse novo material

O autor e professor-assistente de química, Zachariah Page, alegou que esse é o primeiro material criado deste. “A capacidade de controlar a cristalização e, portanto, as propriedades físicas do material, com a aplicação da luz, é potencialmente transformadora para eletrônicos vestíveis ou atuadores em robótica macia”, ressaltou Page.

Os cientistas já imaginam a aplicação desse tipo de material em uma gama de produtos, inclusive no campo da tecnologia e dos dispositivos eletrônicos. Várias áreas podem se beneficiar desse novo material, inclusive a medicina e a robótica.

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Acsa Gomes
Redator(a)

Acsa Gomes é formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela FAPCOM. Chegou ao Olhar Digital em 2020, como estagiária. Atualmente, faz parte do setor de Mídias Sociais.