Hackers e cibercriminosos estão sempre buscando novas maneiras de invadir as vulnerabilidades em aplicativos e sistemas de software de companhias. De acordo com dados da Check Point Research, o Brasil superou a média global de ciberataques contra organizações apenas no segundo semestre deste ano, com um aumento de 46% em relação à média global de 32%. 

O estudo também revelou que aproximadamente 1.500 incidentes de cibersegurança são registrados semanalmente em companhias brasileiras. O resultado é uma perda na infraestrutura, economia e experiência do usuário.

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Pedro Hermano, CEO da Attri, empresa líder de tecnologia e desenvolvimento de sites e aplicativos, explica: “Um dos maiores erros das empresas é pensar em segurança somente depois do ocorrido. A tecnologia sofisticada de hoje requer que as organizações tornem a segurança uma prioridade. E quando se trata de sites e apps, o correto é que os cuidados sejam adotados desde o início do SDLC (ciclo de vida de desenvolvimento de sistemas)”.

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Para Hermano, priorizar a segurança em todo o SDLC reduz o risco de futuros ciberataques, pois oferece aos desenvolvedores e acionistas mais chances de abordar potenciais ameaças e preveni-los antecipadamente, como parte integral do processo de desenvolvimento de software.

“Quando priorizamos a segurança nesta etapa, realizamos análises contínuas na arquitetura dos softwares, avaliações de códigos durante toda a fase de desenvolvimento, além de testes com simulação de ataques, tudo antes do lançamento do produto”, completa o executivo.

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Existem algumas significativas práticas de segurança que devem ser incluídas durante o ciclo de vida de desenvolvimento do sistema. No geral, este ciclo consiste em cinco passos, cada um das quais possui atividades de proteção favoráveis, tais como: seleção de uma metodologia SDL segura; modelagem de ameaças cibernéticas, com definição de prováveis cenários de ataque e contramedidas na arquitetura de software; verificações e diagnósticos de segurança; proteção de dados confidenciais; entre outras.

Ilustração de ciberataque ciberataques
Imagem: solarseven/Shutterstock

Causas comuns de violações de softwares e aplicativos

Na prática, é possível demonstrar a importância de análises e testes contínuos durante o SDLC na prevenção de ataques cibernéticos comuns do dia a dia. Confira:

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Desconfiguração de softwares

As aplicações das atividades na SDLC permitem configurações de servidor rigorosas e outros detalhes tecnológicos, para que nenhuma instalação de teste de software, máquinas virtuais, pastas de servidor, arquivos, bancos de dados ou outros objetos de software confidenciais sejam facilmente acessados de fora ou protegidos apenas por senhas fracas.

Falhas de segurança de middleware

Middleware é o software de computador que fornece serviços para softwares aplicativos, além daqueles disponíveis pelo sistema operacional. Para que não haja falhas de segurança na middleware, é necessário que a abordagem segura de SDLC leve em consideração toda a cadeia de sistemas de middleware envolvidos no ciclo de desenvolvimento e produção, para que não ocorram violações de dados no processo de intercâmbio.

Falha humana

Uma cultura focada em segurança deve ser promovida por todos os membros da equipe, para que nenhum erro simples possa ser cometido.

Análises e testes de segurança devem ser uma área de atenção contínua, e não um esforço reativo isolado. Segurança de desenvolvimento de aplicativos é chamada de garantia de segurança.

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