A Shein, conhecida marca chinesa de roupas e acessórios vai abrir uma loja física no Brasil. Mais especificamente em São Paulo.

A loja, em formato pop-up (temporária), ficará disponível por apenas cinco dias, entre os dias 12 e 16 de novembro em São Paulo, no Shopping Vila Olímpia.

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Essa iniciativa, segundo o general manager da marca no Brasil, Felipe Feistler, serve para aproximar os consumidores da marca. Em sua loja pop-up em São Paulo, os clientes irão encontrar cenários “instagramáveis”, ou seja, propícios para tirar fotos e gravar vídeos.

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No começo do ano a empresa fez uma ação parecida no Rio de Janeiro, quando também criou uma loja pop-up na cidade. Sem estoque e apenas com peças de mostruário, caso o cliente quisesse comprar algo deveria encomendar via aplicativo.

Segundo Feistler, o mercado brasileiro é um desafio para a marca, e este formato de loja auxilia os consumidores a conhecerem tanto a empresa quanto seus produtos, e assim popularizar seu modelo de negócio, que é a compra online. Em 2021 o app da Shein foi o mais baixado da indústria da moda no Brasil, com 23,8 milhões de downloads.

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Polêmicas

Uma das principais polêmicas da marca marca chinesa são as acusações de que algumas peças são cópias de empresas concorrentes. Nas redes sociais é possível encontrar diversos vídeos de usuários mostrando as semelhanças de roupas da Shein e de concorrentes. Feistler afirma que a companhia implementou ferramentas de análises em seus sistemas a fim de evitar isso, porém são muitos colaboradores de olho em tendências e desenvolvendo novos produtos, e se algum produto for plágio, ele é removido imediatamente do sistema.

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Imagem: XanderSt/Shutterstock

Outro ponto importante é a sustentabilidade. O general manager diz que o modelo de negócios da Shein a torna mais sustentável por não ter estoques, e sim produzir sob demanda, porém, esse processo de fabricação de roupas gera muitos impactos ambientais. Como o foco de seus produtos é uma geração mais nova e preocupada com o meio ambiente, isso pode ser um problema para a companhia.

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Como funciona a empresa

A Shein é uma marca fast fashion – ou seja, consumo rápido de roupas – mas com uma produção diferenciada das marcas tradicionais. Eles lançam muitas novidades mensalmente, porém com um volume muito baixo.

Todos os produtos aparecem no app e conforme o interesse e os pedidos pelo produto cresce, a companhia passa a fabricar mais peças que tiveram alto volume de compras. Assim, novas remessas chegam aos estoques e são disponibilizadas dentro do app, e o ciclo continua.

É quase como um pedido sob demanda, mas com o uso da tecnologia para facilitar e fazer o negócio crescer.

Planos da marca

De acordo com Feistler, o consumo e divulgação nas redes sociais dos produtos da Shein são o foco central do crescimento da marca. As pessoas serão estimuladas a postar seus conteúdos feitos na loja nas redes sociais, com a oportunidade de serem compartilhadas pelas próprias páginas brasileiras da empresa, que já somam 9,7 milhões seguidores entre Instagram e TikTok.

O executivo afirma que serão cerca de 11 mil peças disponíveis na loja em São Paulo, com foco na moda urbana – característica da capital paulista – e em produtos pensados para o verão. O objetivo da empresa é vender 90% dos estoques.

Para 2023, a companhia tem planos ambiciosos de expansão no país, e novas lojas pop-up deverão surgir em outros estados nos próximos meses.

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