A compra do Twitter por Elon Musk deu o que falar, mesmo antes deste acordo ser firmado, já causou burburinhos, porém agora está mais em alta do que nunca.
E a mais recente é: o Twitter está enfrentando uma ação judicial coletiva por causa de demissões em massa que estão em andamento, e que podem reduzir sua força de trabalho pela metade.
Leia mais:
- Elon Musk se encontra com anunciantes do Twitter e pede que continuem
- Elon Musk: demissões em massa no Twitter começam nesta sexta-feira (4)
- Twitter pode cobrar por perfis verificados já a partir da semana que vem
Os funcionários entraram com um processo coletivo contra a empresa no tribunal federal de San Francisco, argumentando que as ações do Twitter contrariam a Lei de Notificação de Ajuste e Reciclagem de Trabalhadores dos EUA (WARN).
De acordo com as leis trabalhista do país, empresas com 100 ou mais funcionários são obrigadas a notificá-los sobre demissões em massa com pelo menos 60 dias de antecedência.
Anteriormente, o Times tinha informado que o Twitter iniciaria demissões e que cerca de metade dos funcionários da empresa seriam afetados. Em um e-mail a rede social afirmou que as demissões “infelizmente são necessárias para garantir o sucesso da empresa no futuro”.
Além disso, a empresa também disse aos funcionários para ficarem em casa e aguardarem um e-mail. Se eles receberem uma mensagem em seu e-mail de propriedade do Twitter, seu trabalho estará seguro. Porém se eles receberem o e-mail em sua conta pessoal, isso significa que eles estão sendo dispensados. Algumas pessoas estão relatando na rede social que já foram bloqueadas de seus e-mails de trabalho e foram removidas da conta central do Slack da empresa.

Os funcionários que estão processando a empresa estão pedindo ao tribunal que emita uma ordem forçando o Twitter a obedecer à Lei WARN, além de também pedirem que o tribunal proíba a empresa de solicitar que os trabalhadores assinem seu direito de litigar.
Shannon Liss-Riordan, advogada que representa os colaboradores, afirmou que eles apresentaram a queixa “na tentativa de garantir que os funcionários estejam cientes de que não devem abrir mão de seus direitos e que têm uma via para buscar seus direitos”.
Vale mencionar que Liss-Riordan também foi a advogada que deu andamento com o processo contra a Tesla por demissões que cortaram 10% da força de trabalho da montadora.
O processo da Tesla foi bastante semelhante a este, os funcionários argumentaram que a Tesla violou a Lei WARN. O chefe da empresa, Elon Musk, que assumiu o Twitter há uma semana, chamou o processo de “trivial” em uma conversa com o editor-chefe da Bloomberg, John Micklethwait. Neste caso, o tribunal ficou do lado da empresa e decidiu que os funcionários deveriam negociar com a Tesla por meio de mediações a portas fechadas.
Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!