Câncer de próstata é o tumor que afeta a glândula localizada abaixo da bexiga e uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, o tipo de doença responde por 29% dos diagnósticos dos cânceres no país, colocando a condição como a mais frequente no grupo masculino, atrás apenas do câncer de pele. 

Os homens mais afetados geralmente são aqueles com idade mais avançada: cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos, sendo raro antes dos 40 anos. No entanto, mesmo sendo comum, o tema é pouco falado ou conhecido entre o grupo que mais deveria se preocupar, principalmente por, assim como no caso de outros tipos de câncer, o diagnóstico precoce ser primordial, afetando significativamente as chances de cura. 

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O mês de novembro foi instaurado como período de campanha contra o câncer de próstata justamente para isso: levar informação e conscientização sobre a doença. Um dos pontos ligados a condição e pouco conhecido, por exemplo, é a relação da saúde capilar com o tipo de tumor. 

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“Sofrer com queda de cabelos não significa necessariamente que o homem tem uma doença como o câncer de próstata. Mas, quando os fios caem de forma excessiva, isso pode ser um sinal”, disse o Dr. Thiago Bianco, um dos maiores especialistas do país em transplantes e tratamentos capilares. 

No universo das pesquisas nesta área, especialistas franceses já estudaram essa relação, publicada na revista Annals of Oncology. No estudo, os médicos compararam 388 homens com tumor na próstata. Uma das conclusões detectou que os homens que ficaram calvos antes dos 30 anos tiveram mais chances de desenvolver a doença. Agora, para os pacientes que se depararam com a calvície após os 40 anos, o risco foi muito menor. “Associar a calvície aos hormônios androgênicos como a testosterona é comum, e 50% do universo masculino pode desenvolver calvície em algum momento da vida. Em caso de dúvidas, consultar o especialista certo faz toda a diferença.” 

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Laço com bigode simbolizando o novembro azul
Crédito: Jo Panuwat D/Shutterstock

Alopecia e quimioterapia 

De acordo com o médico, se a queda ocorre durante a quimioterapia é uma reação comum, se tratando de um efeito colateral do tratamento. A queda, que pode resultar em uma alopecia, ocorre porque apesar de a quimioterapia ser muito eficaz na remoção das células cancerígenas, com as sessões muitas células responsáveis pelo crescimento dos fios também são eliminadas. 

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“Neste momento, o passo mais importante é que o paciente fique bem e realize todas as sessões com o oncologista. Claro que após um certo tempo, muitos pacientes querem reconstruir os fios e se perguntam se é possível fazer alguma coisa com a alopecia. Sim, é possível! O ideal, antes de tudo, é fazer uma avaliação, pois somente esta análise irá determinar qual o melhor tempo para pensar em um tratamento e a melhor técnica para cada caso”, explica o especialista. 

Posso fazer transplante capilar após a quimioterapia? 

Ainda conforme Bianco, que já ajudou celebridades como Roberto Carlos, Tom Cavalcante e Lucas Lucco, o transplante capilar após tratamento do câncer é totalmente viável com a devida avaliação. 

“Muitas pessoas se perguntam se é seguro e possível fazer um transplante capilar após a quimioterapia. A resposta é positiva, mas antes de decidir, a avaliação é essencial, pois o transplante só poderá ser realizado quando a queda de cabelo não é total. Contudo, graças aos avanços na medicina capilar, este procedimento traz resultados naturais e extremamente eficazes.” 

Recentemente, com o avanço da tecnologia na saúde, um novo tipo de biopsia mais precisa direcionada também ao câncer de próstata chegou ao Brasil. Saiba mais aqui

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