Quem possui alergias sofre com esse problema durante todo o ano, porém em certas estações, como a primavera, as crises se intensificam e a procura por tratamento nos centros de saúde cresce exponencialmente. A razão para isso é encontrada na natureza: o pólen.

De acordo com Gisele Abud, diretora Técnica da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h Zona Leste, esse crescimento sazonal já é esperado pelas unidades de saúde.

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“A Primavera traz as flores, e junto com elas, o pólen, que ao ficar disperso no ar em maior quantidade, favorece as alergias, conjuntivites, rinites e asma. Nesse período, há um aumento de cerca de 10 a 20% no atendimento desses casos”, explica a profissional.

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A Organização Mundial de Alergia (WAO) estima que aproximadamente 40% da população mundial sofre de algum tipo de alergia. No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), esse tipo de alergia é mais normal na região Sul, onde 22% das crianças são alérgicas ao pólen e 25% dos adultos também, cuja concentração pode ser até 10 vezes maior na primavera do que em outras estações do ano.

Gisele explica que em contato com as mucosas, as partículas do pólen causam uma reação inflamatória no local atingido. “A alergia é desencadeada quando o nosso organismo entra em contato com determinada partícula estranha. Ao atingir olhos, nariz e garganta o corpo responde de forma exagerada para combater e eliminar as partículas do pólen”.

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Os principais sintomas incluem espirros, coceiras intensas no nariz, olhos e garganta, congestão nasal e olhos avermelhados e lacrimejantes. Tosse e dificuldades respiratórias também ocorrem. Na primavera, os principais sintomas associados ao pólen incluem asma, conjuntivite e rinite.

“Outro ponto importante é que há uma maior exposição do sistema imunológico em períodos com grandes oscilações de temperatura, como nas estações de transição, como é o caso do outono e primavera”, complementa Gisele.

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Você sabia que as alergias podem aumentar na primavera
Imagem: Tomsickova Tatyana/Shutterstock

Saiba como se proteger

Asma: o pólen carregado pelo vento se transforma em um composto que pode desencadear reações alérgicas durante as crises de asma. Nessa ocasião, é importante manter a casa sempre limpa, principalmente os itens com felpudos, como tapetes e brinquedos de pelúcia, para evitar o acúmulo de pólen. Além disso, é essencial manter o filtro do ar condicionado do carro e da casa limpos.

Rinite: nesse caso, o pólen pode irritar as vias aéreas. Além disso, a mudança climática também pode provocar irritação nas mucosas nasais e na garganta. A melhor forma de prevenção é beber líquidos, como água e sucos naturais, mantendo as vias aéreas sempre lubrificadas.

É importante também optar por ambientes arejados, dando preferência para locais sem tapetes, carpete, almofadas e cortinas, que podem acumular pólen e poeira.

Conjuntivite: Quando as flores desabrocham, o pólen começa a se dispersar no ar, ocasionando irritação nos olhos. A prevenção inclui manter os olhos limpos e lubrificados, lavar as toalhas diariamente e trocar as fronhas do travesseiro.

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