A Netflix se destaca por seu vasto catálogo de documentários e séries documentais com foco em crimes reais. Com uma variedade tão grande de produções, algumas podem acabar esquecidas. Este é o caso de “Grégory”, uma excelente minissérie documental de 2019 que deveria receber mais atenção dos interessados pelo subgênero.

Documentários do streaming como “Making a Murderer”, ao lado de outras produções como os podcasts “O Caso Evandro” e “Modus Operandi”, vêm fazendo o true crime crescer no interesse do público brasileiro nos últimos anos. Entre as plataformas de streaming, a Netflix é de longe a que possui o melhor e mais profundo catálogo de documentários, séries e filmes que apresentam ou são inspirados em casos reais.

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Documentários como “The Keepers”, “The Staircase”, “Rezar e Obedecer” e “A Garota da Foto” são alguns dos destaques do gênero na plataforma. Mas a Netflix também tem em seu catálogo a produção em cinco partes “Grégory”, lançada em 2019 que foca no caso do assassinato do menino de 4 anos Grégory Villemin, que foi encontrado morto no rio Vologne, na França, em 1984.
Foto do documentário “Grégory”. Imagem: Netflix

O que se segue é um conto sórdido que se estende por três décadas. Com brigas familiares, várias reviravoltas e a presença sinistra de um chamador anônimo conhecido como “O Corvo”, “Grégory” é uma história fascinante que surpreende continuamente em termos de seu alcance. Uma parte significativa da série é dedicada a resolver o mistério do assassinato em si, mas, como os melhores documentários, examina questões mais amplas e desafiadoras desenterradas por esse crime brutal e horrível.

Sem entrar muito na trama desta história, “Grégory” tem o bom senso de explorar não apenas o crime em si, mas as maneiras pelas quais a mídia francesa escolheu cobri-lo e o assédio implacável sofrido pelos pais do menino após o assassinato. Trata-se de documentário sobre crimes como muitos que você assistiu no passado, mas acaba elevado pela maneira delicada como explora os limites da invasão da mídia e o impacto do sexismo nas reportagens.

“Grégory” está disponível no catálogo da Netflix.

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