Como evitar “FOMO” da nuvem com TI Híbrida

No mundo da Tecnologia da Informação nos deparamos com assinaturas em nuvem corporativas subutilizadas
Por Redação, editado por Adriano Camargo 14/11/2022 23h59
computação em nuvem
Imagem: ESB Professional
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Ninguém gosta de pagar pelo que não usa. Isso serve para aquela assinatura de streaming que você mal assiste, para o plano anual de academia que você pouco foi e, depois, o sentimento é de dor por ter acatado ao conselho do vendedor para atualizar para o modelo maior e mais caro do que o necessário, apenas para usar uma fração de seu poder ou funções disponíveis.

É o que chamamos de “Fear of Missing Out – FOMO”, traduzido livremente para “Medo de perder”. É quando tomamos decisões com objetivo de surfar em uma tendência, muito pela preocupação de ficar de ‘fora da festa’. Aqui no mundo da Tecnologia da Informação nos deparamos com assinaturas em nuvem corporativas subutilizadas.

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É o mesmo com a infraestrutura local, onde é raro encontrar uma plataforma totalmente aproveitada. Hoje, principalmente neste pós-pandemia, com orçamentos cada vez mais achatados e sob pressão, a palavra ‘desperdício’ não existe no dicionário dos gestores de TI.

Gerenciar a infraestrutura tecnológica nas corporações é uma tarefa altamente sensível quando falamos sobre capacidade de sistemas para o funcionamento correto das empresas. Por outro lado, um subdimensionamento pode fazer um site parecer lento ou inalcançável, principalmente em picos de uso.

É uma verdadeira bola de neve: os usuários eventualmente desistem, a perda de clientes é certa, além dos danos na reputação. No entanto, o provisionamento em excesso de infraestrutura é muito mais comum e um dos principais ‘encurtadores de carreira’ dos líderes de TI.

Segurança em nuvem
Nuvem Créditos: Joe Techapanupreeda/Shutterstock

Pecar pelo excesso de provisão costumava ser uma decisão lógica. Não era o ideal, mas muito menos caro do que o tempo de inatividade dos negócios. De acordo com o último levantamento da Information Technology Intelligence Consulting (ITIC), publicado no fim de 2021, 40% das empresas disseram que uma única hora de inatividade poderia custar entre US$ 1 milhão e mais de US$ 5 milhões – excluindo taxas legais, multas ou penalidades. Quase todas (98%) grandes empresas com mais de 1.000 funcionários disseram que uma hora de inatividade poderia custar mais de US$ 100.000.

Falhar custa caro. As empresas devem buscar elasticidade para se adaptar às mudanças de carga de trabalho, “provisionando e desprovisionando” recursos dinamicamente e nesse processo a  maioria corre riscos. Nos serviços financeiros com a ascensão das fintechs, por exemplo, criou-se a necessidade de acomodar rajadas inesperadas de crescimento de clientes – ou declínio.

Na área da saúde, imagens médicas usando raios X e tomografias criam lotes maciços de arquivos que muitas vezes são muito grandes, caros e sensíveis para transferir para a nuvem. Eles também podem rapidamente agregar em bancos de dados volumes que superam a infraestrutura local, e não podemos esquecer de períodos críticos do varejo, como a Black Friday, por exemplo.

Qualquer sentido de FOMO sendo experimentado pelos gerentes de TI com ativos on-premise pode ser deixado de lado à medida em que a economia de escala em nuvem entra e se integra no mundo do data center. E os dias de super provisionamento e os custos de compra, instalação, manutenção e atualização de infraestrutura estão contados, à medida que imprevistos podem ser assumidos por processamento em cloud.

Você não pode prever o futuro com certeza, mas agora você pode planejar todas as eventualidades considerando uma estratégia onde os dois mundos se complementam, integram e entregam resiliência para o seu negócio.

Alex Takaoka é Head of Customer Engagement da Fujitsu do Brasil

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Redator(a)

Redação é redator(a) no Olhar Digital

Jornalista 100% geek há quase 20 anos, pai do Alê, fanático por tecnologia, games, Star Wars, esportes e chocolate. Narrador/comentarista esportivo e Atleta Master. Não necessariamente nessa ordem.