O controle do diabetes na população idosa traz algumas peculiaridades. Perda de apetite e saciedade precoce, redução do olfato, diminuição do paladar e condição bucal prejudicada são algumas características do envelhecimento que, por consequência, pedem uma abordagem terapêutica mais específica para os pacientes mais velhos e diabéticos. 

Uma outra consequência do envelhecimento que está atrelada às alterações na glicemia é a sarcopenia — diminuição da massa muscular. Isso por o músculo ser o principal consumidor de glicose e, com menos músculos, há menos lugar para glicose entrar por intermédio da insulina, por isso, a glicose após refeição pode ser mais alta. 

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“A sarcopenia no idoso está associada à inflamação decorrente do envelhecimento e de mudanças hormonais, e a elevação de hormônios como o cortisol também faz com que a quantidade de músculo seja reduzia. Soma-se a isso a menor atividade física e o consumo reduzido de proteína animal (carnes), tudo levando à sarcopenia. É um ciclo vicioso”, explica o Dr. Thiago Fraga Napoli, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia Regional São Paulo. 

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Diante de todas essas complicações derivadas do envelhecimento, o especialista pontua quatro itens importantes que devem ser observados durante o tratamento de diabetes neste público. Confira abaixo! 

Imagem: shutterstock/Maya Kruchankova

Diabetes em idosos:  

  • Atenção aos vários medicamentos 

A melhor estratégia no tratamento do diabetes para o idoso que recorre a muitos medicamentos (polifarmácia) é ver o real benefício que cada medicamento pode trazer; 

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  • Acompanhamento médico (principalmente no caso de polifarmácia) 

Sempre que possível, o médico tem de ajustar quantidades e doses, visando também facilitar a administração desses medicamentos. É preciso, sempre com orientação médica, priorizar medicamentos que tragam benefícios associados para mais de uma doença; 

  • Atenção aos sintomas 

A hipoglicemia no idoso pode não se manifestar claramente como acontece em alguém mais jovem. Desorientação e irritabilidade podem ser os únicos sinais; 

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  • Medição diária da glicemia é importante 

Para diferenciar uma crise de hipoglicemia dos sinais de uma doença neurológica, o primeiro passo é medir a glicemia do idoso. O paciente com diabetes controlado com medicações que não tragam esse risco dificilmente tem hipoglicemia. 

“Em 2019, a Endocrine Society cirou uma diretriz da prática clínica no tratamento do diabetes no idoso para orientar a prática de profissionais e evitar eventos adversos. É muito importante olhar para esse paciente levando em conta todas as peculiaridades decorrentes do envelhecimento, entre elas, limitações físicas, disfunções cognitivas, audição e visão menos apuradas, etc., essas são algumas das barreiras enfrentadas para cuidar do paciente idoso com diabetes”, finaliza Dr. Napoli. 

Nesta segunda-feira (14) é celebrado o Dia Mundial do Diabetes, a data é a principal campanha de conscientização global contra a doença e visa trazer informações que ajude a melhorar a prevenção, o diagnóstico e a gestão do que é considerado um problema de saúde pública.  

Com a ajuda da Finn e Equilibrium, consultorias de nutrição voltadas a soluções de health marketing, também separamos sete dicas de como conviver com a diabetes, mantendo uma vida saudável. Veja aqui.

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