Buracos de minhoca podem já ter sido encontrados

Buracos de minhoca podem estar escondidos no fim dos buracos negros, o que dificulta sua localização
Lucas Soares15/11/2022 13h36
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Ilustração: Fred Mantel/Shutterstock
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Muitos conceitos da física espacial estão presentes apenas no campo da teoria, como os famosos buracos de minhoca. Presente em muitas obras de ficção científica como uma “ponte” para cruzar distâncias intergalácticas, essa hipótese nunca foi comprovada, no entanto, um novo estudo pode trazer mais provas para corroborar a existência do fenômeno.

Pesquisadores da Universidade de Sofia, na Bulgária, afirmam ter criado um novo modelo para os buracos de minhoca. Basicamente, os cientistas analisaram uma proposta feita por Nathan Rosen, colega de Einstein que trabalhou com a teoria da relatividade do físico. Rosen mostrou que não existe nada que impessa um buraco negro, fundo e curvo, de conectar dois picos íngrimes e formar uma espécie de ponte.

Buracos de minhoca podem ser realidade

Isso poderia conectar regiões absurdamente distantes do espaço-tempo e mudar a forma como viajamos fora da Terra. Claro, tudo isso no campo da teoria. A equipe búlgara desnevolveu um modelo “aplicando o modelo simplificado de um anel de fluido magnetizado orbitando no plano equatorial, buscamos assinaturas características, que poderiam distinguir espaços-tempos de buracos de minhoca de buracos negros por suas propriedades de polarização”.

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Os cientistas analisaram a técnica usada para o registro das primeiras fotos de buracos negros, do M87* em 2019 e do Sagitário A* no início deste ano. A conclusão é que pode não ser possível destinguir um buraco negro de um de minhoca. Por essa lógica, M87* poderia muito bem ser um buraco de minhoca. 

Na verdade, buracos de minhoca poderia estar presente no fim dos buracos negros, escondidos. No entanto, isso ainda é só uma teoria e precisa de mais imagens dos fenômenos para ser estudada de forma mais aprofundada.

Via Science Alert

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Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.