Cientistas encontraram elementos na atmosfera da estrela azul, conhecida como WD J1922+ 0233, localizada a cerca de 90 anos-luz da Terra, que os levaram a crer que ela consumiu um planeta muito semelhante ao que vivemos. A estimativa é de que a anã branca, que é incrivelmente pequena e fraca, tenha se formado há aproximadamente 10,2 bilhões de anos.
Segundo o astrofísico Abbigail Elms, da Universidade de Warwick, no Reino Unido, os cientistas estão encontrando remanescentes estelares mais antigos da Via Láctea que são poluídos por planetas parecidos com a Terra.”É incrível pensar que isso aconteceu na escala de 10 bilhões de anos e que esses planetas morreram muito antes mesmo da Terra ser formada”, acrescentou Elms.
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No estudo, os astrônomos apontaram que ainda não sabem quais elementos estão em jogo nesses casos, mas eles estão cada vez mais hábeis em identificar quais características de absorção e emissão em um espectro estão associadas a quais elementos, o que representa um grande avanço nesse campo.
Estrela consumiu planeta semelhante à Terra
Estrelas anãs brancas, por já terem consumido todo o combustível do seu núcleo, diminuem lentamente as suas temperaturas a uma taxa conhecida. Com essa informação, os pesquisadores foram capazes de avaliar quanto tempo desde que elas se formaram a partir da morte de uma estrela parecida com o Sol.

A luz emitida por uma estrela diz muito a respeito da composição química de sua atmosfera, pois nem todos os comprimentos de onda são emitidos igualmente: alguns são mais fortes, alguns são mais fracos, já que os elementos podem absorver e reemitir luz.
Os detritos que poluem o WD J1922 + 0233 têm uma composição semelhante à crosta continental da Terra, o que sugere que um planeta viveu e morreu há bilhões de anos antes da formação do Sistema Solar e seus resíduos ficaram orbitando uma estrela anã, que antes de passar pelo fim de sua vida estelar, parecia-se com o Sol. Observar essa estrela é como olhar para um registro fóssil da galáxia que pode nos dizer como eram os sistemas planetários na Via Láctea, antes da formação do Sistema Solar, e talvez dar pistas de como pode ser o futuro.
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