Quem já teve pneumonia com certeza se questionou na hora do diagnóstico: “você está com pneumonia viral”, ou ainda, “não é viral, é bacteriana”. Mas, afinal, qual a diferença entre os dois tipos da doença

A pneumonia é uma doença respiratória provocada pela infiltração de agentes infecciosos (bactérias, vírus, fungos e reações alérgicas), provocando inflamação dos pulmões. Maior causa infecciosa de mortes de adultos e crianças, a doença pode ser adquirida pelo ar, saliva, secreções e transfusão de sangue. 

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Segundo o Ministério da Saúde, em 2019, 2,5 milhões de pessoas, sendo 672 mil crianças, morreram vítimas de pneumonia. Em 2021, mais de 400 mil pacientes foram hospitalizados devido à infecção, que possui tipos diferentes. Confira abaixo as mais comuns e suas diferenças! 

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pneumonia
imagem: shutterstock/Kateryna Kon

Pneumonia viral — causadas pelos mesmos vírus de gripes e resfriados comuns, como Influenza A, B ou C, H1N1, H5N1 e agora o vírus da Covid-19. A transmissão acontece por meio de gotículas de saliva ou secreção respiratória espalhadas no ar, pela pessoa infectada. o tipo viral é considerado o mais grave, em alguns casos, devido suas complicações.

Pneumonia bacteriana — é causada por vários tipos de bactérias, mas principalmente pelo Streptococcus pneumoniae, também conhecido como pneumococo. Ser fumante, ingerir bebidas alcoólicas e permanecer em ambientes fechados com ar-condicionado estão entre os principais fatores de risco. O tipo bacteriana é o mais comum.

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No geral, os tipos de pneumonia variam de acordo com o agente causador, assim, há ainda outros tipos menos comuns, como pneumonia química, causada por inalação de substâncias agressivas, e a pneumonia fúngica, originária da presença de fungos no pulmão; embora rara, ela pode ser bastante agressiva e costuma aparecer em pessoas imunossuprimidas.

De acordo com levantamento realizado pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h Zona Leste, pertencente à Prefeitura de Santos (SP) e gerenciada pela Pró-Saúde, entre janeiro e outubro deste ano a UPA ZL registrou 6.909 atendimentos de pacientes com pneumonia, sendo que deste total, 242 pessoas precisaram de internação. 

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Homem tossindo
Imagem; Pixel-Shot/Shutterstock

No último sábado (12), foi o Dia Mundial da Pneumonia, e com a data especialistas alertam para a importância da conscientização sobre a doença, além do compartilhamento de informações sobre como evitar o contágio. 

“Neste período, a maioria dos casos que atendemos foram de pneumonia bacteriana, sendo 80% dos pacientes com idade acima de 60 anos e mais da metade eram mulheres. Com necessidade de internação, ou não, nos casos bacterianos, todos os pacientes precisaram fazer uso de antibióticos, sob prescrição médica”, contou o médico Carlos Alberto de Oliveira, diretor Clínico da UPA Zona Leste. 

Como se proteger contra a pneumonia? 

Entre os principais sintomas da pneumonia estão: febre alta, tosse, dor no tórax, alterações da pressão arterial, confusão mental, mal-estar generalizado, falta de ar, fraqueza, secreção de muco de cor amarelada ou esverdeada. 

“É possível prevenir essa doença com atitudes simples, como lavar as mãos, não fumar, não ingerir bebidas alcoólicas, evitar estar em aglomerações de pessoas e se vacinar”, destacou Carlos Alberto, aproveitando para chamar atenção para outro problema: o uso de antibióticos por conta própria. 

“Quando usado sem necessidade ou sem acompanhamento de um profissional, há um risco alto de resistência bacteriana, o que faz com que a medicação deixe de ser eficaz, dificultando tratamento. Por isso, é essencial identificar qual o tipo de pneumonia para iniciar o tratamento adequado.” 

Além da vacina da gripe, há disponível também a vacina pneumocócica, indicada para prevenir as pneumonias causadas pela bactéria ‘pneumococo’. “Caso você seja contaminado com a bactéria, ter se vacinado diminui a intensidade dos sintomas e evita a forma mais grave da doença”, reforçou o médico.

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