Astrônomos da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, criaram um novo mapa do Universo que exibe pela primeira vez a extensão de todo o cosmos conhecido com precisão. Os dados utilizados nessa empreitada foram extraídos ao longo de duas décadas pelo Sloan Digital Sky Survey.

Este guia interativo, antes acessível apenas aos cientistas, foi disponibilizado para o público geral, que poderá navegar de forma on-line ou até mesmo realizar o download do documento. Agora, qualquer pessoa que tiver interesse conseguirá ver a posição real e as cores verdadeiras de 200 mil galáxias.

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Reprodução:
Johns Hopkins University/ YouTube

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O criador do mapa, Brice Ménard, professor na Johns Hopkins, disse que, durante sua infância, ele foi inspirado por imagens astronômicas e, agora, conseguiu criar um novo tipo de imagem para inspirar outras pessoas. “Astrofísicos de todo o mundo vêm analisando esses dados há anos, levando a milhares de artigos científicos e descobertas”, disse Ménard. “Mas ninguém teve tempo para criar um mapa que fosse bonito, cientificamente preciso e acessível a pessoas que não são cientistas”. Para ele, esse novo mapa surge como uma forma de mostrar para as pessoas o Universo como ele é.

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O Sloan Digital Sky Survey é um esforço pioneiro para capturar o céu noturno através de um telescópio localizado no Novo México. Foram anos de capturas para que os astrônomos conseguissem ter essa perspectiva extraordinariamente ampla.

A vastidão do Universo no mapa

A expansão do Universo contribui para tornar este mapa ainda mais colorido. Quanto mais distante um objeto, mais vermelho ele aparece. O topo da tela indica o primeiro flash de radiação emitido logo após o Big Bang, há 13,7 bilhões de anos.

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Cada ponto no mapa é uma galáxia, e cada galáxia contém bilhões de estrelas e planetas. A Via Láctea é apenas um desses pontos. “Neste mapa, nós somos apenas uma partícula na parte inferior, apenas um pixel. E quando digo nós, quero dizer a nossa galáxia, a Via Láctea, que tem bilhões de estrelas e planetas”, diz Ménard.

Mapa do universo observável, produzido por cientistas da Universidade Johns Hopkins, nos EUA. Créditos: Johns Hopkins University

Ele espera que as pessoas experimentem tanto a beleza inegável do mapa quanto sua inspiradora amplitude de escala. “A partir dessa partícula na parte inferior”, diz ele, “somos capazes de mapear galáxias em todo o universo, e isso diz algo sobre o poder da ciência”.

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