Hubble tirou foto de nuvem que formará uma estrela; veja

A nova imagem do Hubble mostra a nuvem parecida com um copo de suco de cenoura derramado em uma toalha de mesa de estrelas e galáxia
Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Lucas Soares 21/11/2022 21h00
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Imagem: Berçário de estrelas capturada pelo Telescópio Espacial Hubble. Créditos: ESA/Hubble, NASA & STScI, C. Britt, T. Huard, A. Pagan
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O Telescópio Espacial Hubble, da NASA, em um de seus exames do Espaço, capturou a imagem da nuvem molecular de gás e poeira, CB 130-3, localizada a 652 anos-luz da Terra, na constelação de Serpens, que abriga um “projeto” de estrela infantil.

De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), essas nuvens atuam como blocos de construção para a formação de estrelas. Essas nuvens são consideradas berçários estelares que podem ser os locais de nascimento de multidões de estrelas, tanto singularmente quanto em pares binários.

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A nova imagem do Hubble mostra a nuvem parecida com um copo de suco de cenoura derramado em uma toalha de mesa de estrelas e galáxias. A imagem em si não apresenta nenhum sinal de que há uma estrela em vias de formação. Outros detalhes sobre a nuvem são mais óbvios. A imagem demonstra que a densidade da nuvem molecular não é constante.

Além disso, as bordas externas do fenômeno podem ser vistas de forma tênue, como fios de gás que simplesmente desfocam as estrelas de fundo. Em um contraste gritante, o material no centro da nuvem molecular é tão denso que acaba bloqueando inteiramente a luz das estrelas de fundo.

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Imagem: Berçário de estrelas capturada pelo Telescópio Espacial Hubble. Créditos: ESA/Hubble, NASA & STScI, C. Britt, T. Huard, A. Pagan

Cor pode indicar densidade do berçário estelar

O gás e a poeira também afetam a cor das estrelas por trás dela, bem como seu brilho. As estrelas vistas através do material espesso e que estão mais próximas do centro parecem ter assumido uma tonalidade mais avermelhada do que aquelas que brilham através de material menos denso nas bordas externas da estrutura. Esse avermelhamento é resultado de um efeito interessante. A mudança de cor pode ser utilizada para mapear a densidade da nuvem e fornecer uma visão melhor sobre a estrutura desse berçário estelar.

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.