Nesta sexta-feira (25), foram revelados os próximos passos dos chineses para exploração do espaço profundo, em uma entrevista concedida por um representante da Administração Nacional do Espaço da China (CNSA) à agência de notícias Xinhua.

Representação artística da sonda chinesa Chang’e 5 pousada na Lua. Imagem: CNSA/NASA

Segundo Wu Weiren, projetista-chefe do programa de exploração lunar do país e cientista da Academia Chinesa de Engenharia, entre outras atividades, estão programadas as seguintes missões para os próximos 10 a 15 anos: Chang’e-6, Chang’e-7 e Chang’e-8. 

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“A missão Chang’e-5 trouxe para a Terra 1.731 gramas de solo lunar do lado visível da Lua”, disse ele. “Esperamos que a Chang’e-6 colete mais amostras do outro lado, com o objetivo de atingir uma meta de 2 kg”.

Em seguida, virá Chang’e-7, que vai sobrevoar e pousar no polo sul da Lua para procurar água nas cavernas ali existentes, que nunca veem a luz solar, de acordo com o engenheiro.

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Depois, por volta de 2028, será a vez da missão Chang’e-8, elaborada para formar a base de uma estação de pesquisa científica no polo sul da Lua, que incluirá um orbitador, um lander, um rover, um drone e diversos outros equipamentos.

“Esperamos cooperar com outros países para construir uma estação internacional de pesquisa científica lunar até 2035 e realizar projetos conjuntos, pesquisas conjuntas, compartilhamento de dados científicos e gerenciamento conjunto da estação”, declarou Wu.

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Ele revelou que a China está analisando a viabilidade de estabelecer comunicações via internet na Lua para integrar retransmissão de dados, navegação e sensoriamento remoto, o que deve alcançar o gerenciamento eficaz das sondas lunares.

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Wu também disse que o país pretende coletar amostragens de asteroides dentro desse mesmo período. Faz parte dos planos da CNSA uma missão de defesa planetária que envolve detecção, alerta precoce e desvio de pequenos corpos celestes que representam ameaças potenciais para a Terra.

A recuperação de amostras de Marte e a exploração interplanetária de Júpiter e Urano também estão em contemplação, bem como estudos aprofundados do nosso Sol e o envio de uma sonda para a borda do Sistema Solar.

“Também desenvolveremos um veículo de lançamento de carga pesada com um empuxo de decolagem de cerca de quatro mil toneladas para enviar astronautas à Lua e a Marte”, disse Wu.

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