A SpaceX enviou com sucesso uma espaçonave de carga Dragon cheia de ciência para a Estação Espacial Internacional no sábado (26), na 26ª missão comercial de reabastecimento da empresa para a ISS. Entre os itens disparados na operação, está o satélite brasileiro SPORT (Scintillation Prediction Observations Research Task).

Segundo a Agência Espacial Brasileira, O SPORT é um CubeSat 6U, com capacidade limite de 6 litros e até 9kg, voltado para pesquisas científicas na ionosfera. A missão estudará as bolhas de plasma que se formam no alto da ionosfera sobre o Equador. Essas bolhas de plasma geralmente se formam nos trópicos à noite, atrapalhando sinais de rádio e GPS. O satélite tem como destino a Estação Espacial Internacional (ISS) e, a partir dela, o equipamento será colocado em órbita baixa da Terra. 

O nanossatélite foi desenvolvido pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em parceria com a NASA, com instrumentos científicos providos pelas Universidades Estaduais de Utah, do Texas e do Alabama; e pela empresa Aerospace Co. Os testes de integração e a operação contam com o apoio do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (INPE).

Lançamento da SpaceX com satélite brasileiro

O lançamento, que foi o 54º lançamento geral da SpaceX e o quinto de uma nave Dragon em 2022, estava originalmente programado para 22 de novembro, mas foi adiado por causa do mau tempo.

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“Lindo lançamento. Como sempre, ótimo ver isso”, comemorou a porta-voz da NASA, Sandra Jones, durante a transmissão ao vivo da missão. A Dragon atracou no laboratório orbital às 9h39 (horário de Brasília) deste domingo (27).

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Ao todo, a Dragon carregou 3,5 mil quilos. Algumas das cargas úteis a bordo incluem matrizes de energia solar, além de um microscópio para observar mudanças nos sistemas imunológicos da tripulação da Estação Espacial Internacional e um hardware para capturar imagens dos olhos dos astronautas.

Foram enviados também sementes de tomates anões, em mais uma etapa da série de experimentos Veggie. O programa vem explorando o cultivo de alimentos e até flores no espaço.

Com a NASA tendo acabado de lançar sua missão lunar não tripulada Artemis 1, a preparação para excursões de longa duração sob o Programa Artemis exigirá repensar como fornecer alimentos aos astronautas e mantê-los saudáveis ​​por semanas ou meses, não apenas na ISS, mas também na Lua.

Os cientistas já estão analisando os resultados da recente colheita de pimentas maduras. Até o momento, esse é o experimento de crescimento de plantas mais longo já feito na Estação Espacial Internacional. Foram 135 dias de trabalho, que geraram uma quantidade enorme de dados e ajudaram os pesquisadores a encontrar novas técnicas de fertilização fora da Terra.

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