Um novo instrumento integrado ao maior radiotelescópio do Hemisfério Sul ajudará os cientistas da iniciativa Brealthrough Listen a detectar assinaturas tecnológicas de inteligência extraterrestre. O radiotelescópio MeerKAT, na África do Sul, é um importante instrumento para os pesquisadores do programa de pesquisa destinado a buscar evidências de vida fora da Terra, já que é composto por peças fundamentais para esse tipo de rastreamento.

Atualmente, há outros três telescópios empenhados na tarefa: o Green Bank Telescope (GBT) e o Automated Planet Finder, nos EUA, e o Parkes Telescope, na Austrália. O trio atua examinando o céu em busca de mensagens que possam ser enviadas por inteligência extraterrestre. Agora, o novo cluster de computadores no telescópio MeerKAT será um reforço de peso para as buscas.

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De acordo com um anúncio feito pela equipe, na última quinta-feira (1), as observações já começaram. O cluster utiliza o processamento dos computadores para obter uma nova perspectiva daquilo que já foi captado pelo próprio radiotelescópio.

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Segundo o pesquisador Dr. Andrew Siemion, principal investigador do Breakthrough Listen, o MeerKAT pode ver uma área do céu 50 vezes maior do que o GBT. “Um campo de visão tão grande normalmente contém muitas estrelas que são alvos interessantes de assinatura tecnológica”. Felizmente, o cluster tem alta sensibilidade e alta resolução, então todo o processo de investigação poderá ser feito sem afetar a pesquisa de outros astrônomos.

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Imagem: Telescópio MeerKAt da África do Sul equipou-o com novas ferramentas para procurar vida alienígena. Créditos: Observatório de Radioastronomia da África do Sul

Proxima Centauri: estrela estudada pelo radiotelescópio

Dentre os alvos que poderão ser estudados 24 horas por dia pelo MeerKAT, está a estrela mais próxima do nosso Sistema Solar, a Proxima Centauri, que os astrônomos pensam ter a capacidade de ser orbitada por planetas rochosos potencialmente habitáveis do tamanho da Terra.

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O diretor executivo da Breakthrough Initiatives, Dr. S. Pete Worden disse que a “equipe espera compartilhar os primeiros resultados científicos nos próximos meses”. Agora, só resta aguardar as novidades e progressos feitos na busca por sinais de vida extraterrestre.

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