A Foxconn, principal fabricante da Apple na China, teve uma queda de 11% em sua receita causada pela nova onda de Covid-19 no país e protestos de funcionários dentro das fábricas.

De acordo com comunicado divulgado nesta segunda-feira (5), a Foxconn informou que sua receita ficou em NT$ 551,1 bilhões (novos dólares taiwaneses), cerca de US$ 14,7 bilhões. O valor representa uma queda de 29,04% em relação a outubro deste ano e 11% em comparação com novembro de 2021.

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Foxconn Shanghai Facility
(Imagem: hapabapa/iStock)

A empresa informou que a queda na receita acontece devido a “produção gradualmente entrando na sazonalidade fora do pico e uma parte das remessas sendo impactadas pela epidemia em Zhengzhou”.

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Segundo o comunicado, “a situação epidêmica” na fábrica de Zhengzhou foi controlada, e a empresa também informou que está contratando mais funcionários.

“Também começamos a recrutar novos funcionários e estamos caminhando gradualmente na direção de restaurar a capacidade de produção ao normal”.

Em depoimento à Reuters, uma fonte anônima familiarizada com o assunto informou que a empresa está apostando no recrutamento de funcionários para recuperar sua capacidade de produção.

“Se o recrutamento for tranquilo, pode levar de três a quatro semanas para retomar a produção total”, disse a fonte. “Estamos buscando de todas as formas regularizar o recrutamento”.

Restrições contra a Covid-19 criam clima de guerra na “Cidade do iPhone”

A Foxconn de Zhengzhou, na China, é conhecida como a “Cidade do iPhone” por ser uma das principais fabricantes de dispositivos da Apple em todo o mundo. E, nas últimas semanas, com o endurecimento das restrições contra a Covid-19 no país, funcionários têm sido obrigados até a morar dentro das fábricas.

Com as medidas restritivas, os trabalhadores têm realizado protestos violentos para quebrarem os isolamentos e saírem das fábricas. Vídeos publicados na internet mostram diversos trabalhadores tentando pular muros, derrubando barragens e confrontos com guardas locais. 

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