No último sábado ocorreu o lançamento do documentário “Eu” sobre a cantora Anitta, e na ocasião a artista revelou sobre o seu diagnóstico do vírus Epstein-Barr (EBV), conhecido como “doença do beijo“, capaz de causar esclerose múltipla.

No documentário dirigido pela atriz Ludmila Dayer – que contraiu o mesmo vírus da cantora – é retratado sua luta contra a esclerose múltipla. Segundo Anitta, sua relação com Ludmila ajudou muito a cantora nos momentos difíceis.

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Anitta
(Imagem: Reprodução/Instagram Anitta)

“Quando a gente começou todo esse contato, e saíram os resultados, eu estava com o mesmo vírus da Ludmila em fase inicial. Hoje em dia não existe coincidência. Por sorte, por destino, por tudo isso eu consegui nem chegar no estágio que a Ludmila chegou. Ela foi uma bênção na minha vida e só alegria. Uma coisa que ela falou é que a gente fica muito mais sensível em perceber pessoas que estão no mesmo caminho. As pessoas só vão no momento delas, no tempo delas”, disse Anitta. 

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A infecção do vírus EBV, causador da doença mononucleose, apresenta sintomas leves e muitas vezes pode ser assintomática. Alguns dos sintomas da doença incluem dores de garganta, tosse, fadiga, inflamação do figado, entre outros.

Anitta disse que durante a contração do vírus estava com dificuldades de respiração e não tinha certeza se conseguiria fazer seus shows:

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“Eu não estava tendo condição de cantar, de respirar. Pra mim, ontem, foi uma celebração, estávamos comemorando porque eu não sabia se eu ia conseguir cantar e dançar o show inteiro, era um grande mistério, mas eu fui, conseguir cantar e dançar. Teve um trabalho de respiração um pouquinho maior e consegui fazer o show”

Mononucleose pode causar esclerose múltipla

A infecção de mononucleose é transmitida por saliva, contato com objetos contaminados e transfusão de sangue. A contração do vírus Epstein-Barr é muito comum, sendo encontrada em 95% dos adultos. Seu diagnóstico é desafiador pois os sintomas do são semelhantes a outras doenças respiratórias, sendo necessário um exame de sangue laboratorial para identificar a doença.

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Estudos mostram que a mononucleose, pode ser capaz de causar a esclerose múltipla. O estudo que mais evidencia a relação entre o vírus com a doença foi realizado pela revista Science, conduzido por cientistas da Escola de Saúde Pública TH Cham de Harvard.

“Esse é um grande passo, porque sugere que a maioria dos casos de esclerose múltipla pode ser evitada interrompendo a infecção pelo EBV, e que direcionar (as pesquisas) ao vírus pode levar à descoberta de uma cura”, disse Alberto Ascherio autor do artigo.

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