O AniTube foi um dos mais conhecidos sites para assistir a animes online em português. No pico de sua popularidade, em 2014, o portal alcançava mais de 50 mil acessos simultâneos. Entretanto, ele fechou em 2016, após se envolver em polêmicas por oferecer serviços ilegais, transmitindo animações japonesas como Naruto, One Piece e Shingeki no Kyojin (Attack on Titan), sem pagar direitos autorais às produtoras originais.

Hoje em dia, existem diversos clones do AniTube que continuam em operação, mas todos ainda são considerados sites piratas. Apesar das controvérsias, o portal teve papel importante para popularizar os animes no Brasil e até para o surgimento de serviços de streaming oficiais, como a Crunchyroll.

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Quando o AniTube foi criado?

A data exata de estreia do AniTube é desconhecida, mas o site operava desde antes de 2010. Naquela época, ainda não havia Crunchyroll, Netflix ou Amazon Prime Video para assistir a animes de forma oficial. Por isso, o portal fazia tanto sucesso em terras tupiniquins.

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Com uma biblioteca recheada de animes clássicos e recentes, o portal disponibilizava episódios completos de graça, sem precisar fazer download. Muitas vezes, os novos capítulos eram lançados com legenda em português no mesmo dia em que eram transmitidos no Japão.

Naruto, personagem principal do anime de mesmo nome. Imagem: Divulgação
Naruto, personagem principal do anime de mesmo nome. Imagem: Divulgação

AniTube era mais famoso no Japão que no Brasil

Apesar de ser bastante famoso no Brasil, o maior público do AniTube ficava no Japão. Segundo relatórios do governo japonês, 93,5% dos acessos vinham do país asiático, enquanto somente 4% eram brasileiros.

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Esse fato fez com que as autoridades nipônicas destacassem o AniTube como um dos maiores sites de pirataria do país, ao lado de nomes como Nyaa Torrents, The Pirate Bay e portais ilegais de distribuição de mangás.

O que aconteceu com o AniTube?

Em 2014, o governo do Japão começou a identificar e derrubar sites piratas que facilitavam a distribuição ilegal de animes ao redor do mundo. Um dos alvos da operação antipirataria foi o AniTube, que continuou operando por algum tempo, mesmo recebendo notificações judiciais e tendo mais de 12 mil links removidos do Google.

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Em 2016, o site saiu do ar no Brasil do nada. Naquela época, os criadores do AniTube contaram ao OtakuPT que a propriedade do site havia sido vendida para investidores japoneses. A decisão, porém, não foi tomada por problemas na Justiça, mas sim porque era caro demais manter o AniTube funcionando, já que os servidores custavam mais de US$ 31 mil por mês.

Uma das primeiras decisões dos novos donos do AniTube foi encerrar o serviço no Brasil e em todos os países do mundo, com exceção do Japão, em 6 de maio de 2016. Logo depois, os criadores do AniTube se dividiram e criaram outros sites para continuar distribuindo animes online com outros nomes, como AniTube Brasil e Branitube.

AniTube deixou de existir, mas seu legado vive

Crunchyroll (Imagem: Reprodução)

Apesar de ter parado de funcionar em 2016, o AniTube deixou seu legado na forma de outros sites que continuam oferecendo animes online de forma ilegal até hoje. Para combater esses portais, serviços oficiais de streaming, como Crunchyroll, Netflix e Amazon Prime Video, começaram a incluir mais produções japonesas em seus catálogos.

Pela Crunchyroll, inclusive, é possível assistir a animes de forma oficial e grátis — com algumas limitações. Por exemplo, usuários gratuitos não têm direito ao Simulcast (transmissão simultânea com o Japão) e só podem acessar uma quantidade limitada de títulos.

Imagem: Reprodução/AniTube.

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