A Pantone, principal empresa de cores do mundo, escolheu a cor do ano, “viva magenta” para representar 2023. Em Miami este tom se tornou uma grande exposição imersiva durante a Art Basel, uma feira de arte internacional.

“É como celebrar a vida”, diz Laurie Pressman, vice-presidente do Pantone Color Institute, explicando a escolha da expressão que batiza a cor. A exposição conta com quase mil metros quadrados e dois andares dedicados apenas para a tonalidade. A ideia é mostrar este “tempo não convencional” que estamos vivendo, segundo o site Fast Company Brasil

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A exposição é projetada para explorar seus sentimentos e emoções associados à cor magenta, além de percorrer por sensações multissensoriais. “Às vezes, quando pensamos em uma cor, imaginamos uma amostra visual. Mas, para nós, trata-se também de textura, som, nuances, emoções que a cor pode provocar”, diz Sandro Kereselidze, um dos fundadores da Artechouse.

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O processo para decidir a cor do ano é longo e muito complexo. Em um desenvolvimento de seis meses são estudados diversos mercados, como: moda, cosméticos, interiores e decoração. Mas para Laurie é muito mais do que isso, é saber medir a temperatura social. 

Exposição multissensorial Pantone

O projeto da cor do ano começou em 1999 e vem se reinventando desde então. Atualmente, a marca tem uma grande parceria com a empresa de marketing Huge. “A cor reflete um momento no tempo e, portanto, aquilo de que as pessoas vão gostar será um reflexo daquilo que estão buscando”, diz a vice-presidente. “Três anos atrás essa cor não teria sido escolhida. Estamos vendo o magenta estourar agora porque esse é o clima”.

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Além do marketing gerado, esta cor influencia em diversos produtos desenvolvidos por marcas, principalmente na área de cosméticos. A primeira parceria de marca, propriamente dita, foi com a rede de lojas Sephora, que montou uma linha de produtos “Tangerino Tango” em 2012.

Campanha da Sephora em parceria com a Pantone

Para Laurie, a cor do ano ajudou a Pantone a se tornar “mais do que apenas uma empresa de padrões de cores”. Ela vê este conceito como uma campanha indireta de consciência de marca, que teve como resposta uma grande repercussão cultural. Porém, após anos deste mercado, outras marcas começaram a reivindicar suas próprias cores do ano, deixando algo que era revolucionário se tornar apenas mais uma cor. 

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“Como usar o design, a tecnologia emergente e as ferramentas que os designers realmente usam para dar vida a uma determinada cor de uma maneira muito mais significativa e, ouso dizer, muito mais imersiva?” Schlossberg perguntou. Um evento imersivo multisensorial iria dar às pessoas a oportunidade de entender como a cor se comporta.

Exposição multissensorial Pantone

Este método já havia sido usado antes: em 2020 a Artechouse Studio montou uma exposição psicodélica sobre a cor Classic Blue. Depois veio um evento de revelação de cores em 2021, chamado “Illuminating + Ultimate Gray”. Por fim, foi realizada mais uma exposição para a cor lilás Very Peri, em 2022. 

A exposição deste ano foi a primeira produzida em parceria da Artechouse Studio junto a Pantone. Teve o custo de aproximadamente US$ 1 milhão para ser produzida e ficará em cartaz até meados de 2023, quando irá para Nova York.

Exposição multissensorial Pantone

“As pessoas adoram a Cor do Ano, e a única maneira de manter esse interesse em massa é continuar focando no público”, diz Schlossberg. “Se não formos relevantes e empolgantes para designers industriais, designers de produtos, marcas e varejistas, os consumidores não vão se engajar”. 

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