Há 86 anos, morria o último tigre-da-tasmânia do planeta. Conhecido como Benjamin, o animal faleceu no zoológico de Beumaris, em Hobart, na Austrália, em 7 de setembro de 1936, sendo que seu corpo foi descartado a seguir.

Durante todo este tempo, os restos mortais do animal foram considerados perdidos, até ser reencontrado há pouco em um armário de um museu australiano.

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Após minuciosa análise, pesquisadores notaram que o esqueleto do animal entrou para a coleção do Museu e Galeria de Arte da Tasmânia (TMAG) ainda em 1936, mas não havia sido catalogado.

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Parte do esqueleto do tigre-da-tasmânia fêmea (Imagem: Divulgação/TMAG)

Segundo o pesquisador Robert Paddle, inúmeros curadores gastaram anos, décadas buscando o corpo, mas jamais haviam encontrado. As primeiras análises indicavam que nenhum artefato de tilacino – constituição dos tigres-da-tasmânia – datado daquele ano nos registros zoológicos, fazendo com que assumissem que os restos tinham se perdido.

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Kathryn Medlock, curadora de vertebrados do TMAG, afirmou que encontrou o relatório de um taxidermista não publicado no anuário do museu entre 1936 e 1947, onde era mencionado um tilacino entre os espécimes registrados.

Este pode ser considerado o trabalho “fácil”, pois, na sequência, eles precisaram revisar todas as peles e esqueletos da coleção do museu. A confusão se deu porque, como o espécime foi preparado por um taxidermista, ele foi listado como “espécie de educação” ao invés de “espécie de pesquisa”.

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Pele exposta do animal (Imagem: Divulgação/TMAG)

Gênero do último tigre-da-tasmânia da Terra

O último tigre-da-tasmânia era uma fêmea idosa capturada pelo caçador Elias Churchill no sul da Tasmânia, sendo vendida em seguida para o zoológico em maio de 1936. A venda não foi registrada, pois, na época, a caça era ilegal e resultaria em complicações para ambos.

Foram apenas alguns meses de vida no local. Após sua morte, o corpo foi levado para o TMAG e sua pele foi involuntariamente usada para ensinar a alunos sobre marsupiais.

Paddle afirmou que a redescoberta da fêmea desmistifica as impressões de que o último tigre-da-tasmânia era um macho, portanto, erroneamente chamado de Benjamin.

Após o achado, a pele e o esqueleto do animal passaram a ser expostos no TMAG, após 86 anos de longa espera e ansiedade de inúmeras gerações.

Com informações de Mega Curioso

Imagem destacada: Wikimedia Commons

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